Neuto de Conto: "Duas CPIs seriam um desastre"
Congresso em Foco
26/2/2008 | Atualizado às 19:59
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Indicado do PMDB para presidir a CPI Mista dos Cartões Corporativos, o senador Neuto de Conto (SC) disse agora há pouco que a abertura de uma CPI exclusiva no Senado, como ameaça a oposição, seria um “desastre” para o Parlamento, e que nada seria apurado. Hoje, a oposição deu um ultimato: se o governo não sinalizar com um acordo até amanhã (26), às 14h, para a divisão dos cargos de comando do colegiado misto, abriria a CPI exclusiva e obstruiria os trabalhos no Senado. (leia)
“Duas CPIs seriam um desgaste para todo mundo, para o Parlamento, para o Brasil, porque não se vai apurar nada”, sentenciou Neuto, dizendo que o excesso de mobilização acabaria por se tornar inoperante. “Se houver [a instalação da CPI exclusiva], vai ser a mesma disputa com as mesmas pessoas, com os mesmos quadros. Seria um desastre, vai desgastar a Casa.”
A respeito da possibilidade de o governo ceder às pressões oposicionistas e liberar a presidência para o PSDB (por ser o maior partido de oposição), o que faria com que a indicação do PMDB fosse em vão, Neuto foi enfático. “Recebi um convite público, e dei um retorno público. Só tem uma forma de o partido sair do processo [de indicação do presidente]: eu saio junto”, advertiu Neuto, dizendo que não é e nem quer ser “um impasse” para o início dos trabalhos.
Primeira ordem
Neuto foi diplomático ao comentar a possibilidade de o senador Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE), conhecido por sua postura de independência em relação ao governo, ser indicado em seu lugar para apaziguar os ânimos da oposição. “É um companheiro de primeira ordem, de valor político enorme dentro do partido”, elogiou, fazendo ressalvas. “O que não pode é o PMDB ter dois nomes [como indicados para a presidência]."
Caso a hipótese seja concretizada e Jarbas venha a ser escolhido para a presidência da CPI – ou mesmo Marisa Serrano (PSDB-MS), o que é mais provável caso o governo ceda, e como seria praxe na oposição –, Neuto diz que o PMDB terá de prestar esclarecimentos “lá fora [do Congresso], à sociedade”. “Eles vão ter de explicar por que estou saindo, por que me convidaram de forma errada”, disse. (Fábio Góis)
“Duas CPIs seriam um desgaste para todo mundo, para o Parlamento, para o Brasil, porque não se vai apurar nada”, sentenciou Neuto, dizendo que o excesso de mobilização acabaria por se tornar inoperante. “Se houver [a instalação da CPI exclusiva], vai ser a mesma disputa com as mesmas pessoas, com os mesmos quadros. Seria um desastre, vai desgastar a Casa.”
A respeito da possibilidade de o governo ceder às pressões oposicionistas e liberar a presidência para o PSDB (por ser o maior partido de oposição), o que faria com que a indicação do PMDB fosse em vão, Neuto foi enfático. “Recebi um convite público, e dei um retorno público. Só tem uma forma de o partido sair do processo [de indicação do presidente]: eu saio junto”, advertiu Neuto, dizendo que não é e nem quer ser “um impasse” para o início dos trabalhos.
Primeira ordem
Neuto foi diplomático ao comentar a possibilidade de o senador Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE), conhecido por sua postura de independência em relação ao governo, ser indicado em seu lugar para apaziguar os ânimos da oposição. “É um companheiro de primeira ordem, de valor político enorme dentro do partido”, elogiou, fazendo ressalvas. “O que não pode é o PMDB ter dois nomes [como indicados para a presidência]."
Caso a hipótese seja concretizada e Jarbas venha a ser escolhido para a presidência da CPI – ou mesmo Marisa Serrano (PSDB-MS), o que é mais provável caso o governo ceda, e como seria praxe na oposição –, Neuto diz que o PMDB terá de prestar esclarecimentos “lá fora [do Congresso], à sociedade”. “Eles vão ter de explicar por que estou saindo, por que me convidaram de forma errada”, disse. (Fábio Góis)
