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Planalto nega influência de Walfrido

Congresso em Foco

19/2/2008 | Atualizado às 23:57

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Eduardo Militão e Lúcio Lambranho
 
A assessoria da Secretaria das Relações Institucionais (SRI) da Presidência da República nega que o ex-ministro da pasta Walfrido dos Mares Guia ainda exerça influência no órgão, mesmo tendo deixado três funcionários de sua confiança no Planalto. Segundo a assessoria, existem servidores comissionados vindos das gestões anteriores. Haveria funcionários desde 2005, que acompanharam os então ministros Aldo Rebelo, Jacques Wagner e Tarso Genro.
 
Além disso, Walfrido desfruta da amizade com o atual titular da pasta, o deputado licenciado José Múcio Monteiro (PTB-PE). Procurada pela reportagem, a assessoria de imprensa de Múcio chegou a dizer que “Walfrido exerce tanta influência na secretaria quanto é o tamanho da amizade entre os dois”. Nesse caso, acrescenta, o ex-ministro não precisaria de intermediários "se fosse necessário".
 
Segundo um dos coordenadores da bancada de Minas Gerais na Câmara, deputado Virgílio Guimarães (PT-MG), quando era ministro, Walfrido aplicou parte das emendas de bancada do estado, mas seguindo um entendimento com a base aliada no Congresso. Ele nega categoricamente que o ex-ministro ainda dê as cartas na pasta. “Não interfere, não interfere, não interfere. Eu te garanto”, rechaça Virgílio.
 
Toda a emenda de bancada de Minas Gerais do orçamento de 2007 foi carimbada para algum parlamentar. O combinado foi empenhar todas as “rachadinhas” destinadas aos deputados da base e que foram eleitos. Para os não-eleitos, o governo usou como quis. Os recém-chegados à Câmara, segundo Virgílio, não tinham direito a nada.
 
Foi isso que causou insatisfação entre alguns parlamentares novatos e até entre alguns reeleitos, que gostariam de ter mais verbas para seus municípios. Também reclamaram da atuação de Walfrido, que teria empenhado recursos em suas bases eleitorais, faturando politicamente no lugar deles. Segundo esses deputados, o ex-ministro se valeu do assessor palaciano Joédis Marques para fazer empenhos mesmo depois que deixou o governo.
 
Atendimento
 
Virgílio exemplifica que a verba do Ministério do Turismo foi composta quase que completamente com “rachadinhas” dos deputados derrotados. Isso aconteceu com outras pastas, inclusive com a Secretaria das Relações Institucionais (SRI), dirigida por Walfrido no ano passado.
 
“O Walfrido atendeu quem tinha que atender”, diz Virgílio. Para o coordenador da bancada, o motivo da reclamação de alguns deputados é o fato de uma emenda do senador Wellington Salgado (PMDB-MG) ter sido usada pelo então ministro. “O governo, o Walfrido ou qualquer outro pegou aquelas parcelas ou de pessoas que ofereceram para eles. Eles estão reclamando porque o Walfrido pegou a cota dos que perderam [a eleição em 2006] mais a do Hélio Costa [ministro, senador licenciado e de quem Salgado é suplente] e distribuiu. O que eles têm com isso?”, questiona Virgílio.
 
Segundo o deputado, não houve reclamação nem de Salgado nem do ministro das Comunicações, Hélio Costa. O Congresso em Foco não obteve retorno do senador e do ministro.
 
Orientação
 
Apontado como o braço do ex-ministro no Palácio do Planalto, Joédis Marques nega a função. Ele disse que Walfrido não passa nenhuma orientação aos ex-subordinados. “Ministro passa orientação quando é ministro. Agora é outro ministro. A orientação era do Walfrido, agora é do José Múcio”, disse ele, no breve contato que teve com a reportagem.
 
O servidor admite que era da equipe de Walfrido no Turismo, mas nega que tenha sido levado à Presidência da República apenas por causa do ex-chefe. “Quem me convidou para vir para o Palácio do Planalto, antes do ministro Walfrido, foi a equipe da SAF [Subsecretaria de Assuntos Federativos da SRI]. Não foi nem o ministro Walfrido. Ele depois fez o convite também. Mas eu estava convidado antes de ele vir”, explica Joédis.
 
A assessoria da SRI informa que o trabalho de Joédis é tratar da liberação de emendas e recursos para estados e municípios. Ele trabalha numa equipe de seis pessoas, que fazem o mesmo serviço. Joédis cuida da região Sudeste, daí porque cuida, inclusive, dos municípios mineiros.
 
Falta esforço
 
O outro coordenador da bancada de Minas, Nárcio Rodrigues (PSDB-MG), alfineta os deputados que reclamam da não-aplicação das emendas de bancada. Para Nárcio, falta esforço dos parlamentares. “O deputado novo acha que o dinheiro vai cair na minha base eleitoral. Liberar um dinheiro implica ter projeto afinado com as metas do governo, que o proponente tenha qualificações próprias. Essas coisas é que fazem as diferenças entre os parlamentares aqui.”
 
Nárcio diz que muitos parlamentares deixam o Congresso em 20 de dezembro e esperam que o dinheiro dos empenhos caia nas contas das prefeituras. “Eu vou embora dia 24 de dezembro e dia 31 de dezembro. Você tem que correr atrás se quiser levar recursos pro seu estado e pra sua base”, afirmou.
 
Sem retorno
 
Desde a semana passada, a reportagem do Congresso em Foco tenta ouvir o ex-ministro Walfrido. Ele foi procurado no hotel onde morava em Brasília e por meio de ex-assessores na capital federal. A reportagem também acionou, por telefone e correio eletrônico, seu advogado, José Eduardo Alckmin. Da mesma maneira, pediu uma entrevista a sua secretária em Belo Horizonte, na empresa Kroton Educacional, de sua propriedade. Não houve retorno até o fechamento desta edição.
 
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