Entrar

    Cadastro

    Notícias

    Colunas

    Artigos

    Informativo

    Estados

    Apoiadores

    Radar

    Quem Somos

    Fale Conosco

Entrar

Congresso em Foco
NotíciasColunasArtigos
  1. Home >
  2. Notícias >
  3. Senado ignora opinião pública e absolve Renan

Publicidade

Publicidade

Receba notícias do Congresso em Foco:

E-mail Whatsapp Telegram Google News

Senado ignora opinião pública e absolve Renan

Congresso em Foco

12/9/2007 | Atualizado às 20:30

A-A+
COMPARTILHE ESTA NOTÍCIA

Por 40 votos favoráveis, 35 contrários e seis abstenções, o Senado absolveu seu presidente, Renan Calheiros (PMDB-AL). Nesse processo por quebra de decoro parlamentar, o alagoano era acusado de ter despesas pessoais pagas por um lobista. Em meio a um grande tumulto, Renan saiu do plenário sem falar com os jornalistas.

O peemedebista ainda responde a mais dois processos no Conselho de Ética do Senado. Renan é acusado de favorecer uma cervejaria junto ao INSS e à Receita Federal, depois que a empresa comprou uma fábrica de seu irmão, o deputado federal Olavo Calheiros (PMDB-AL). No terceiro processo, Renan é acusado de ter utilizado laranjas para comprar empresas de comunicação em Alagoas.

Ainda existe a possibilidade de um quarto processo ser aberto. A nova representação foi protocolada pelo Psol e aguarda decisão da Mesa Diretora. Dessa vez, Renan é acusado de ser beneficiário de um suposto esquema de desvio de recursos de ministérios controlados pelo PMDB.

O papel do PT

De acordo com o senador Demóstenes Torres (DEM-GO), o Senado vai pagar pela decisão de hoje, considerada por ele "um grande erro". "O calvário não é mais de Renan, é nosso", disse o parlamentar. "Foi um erro do Senado e todos vamos pagar", complementou. Segundo ele, "houve traição" na votação. Para Demóstenes, o número de abstenções tem relação com o número de senadores petistas que votariam pela cassação do mandato de Renan.

Durante a sessão secreta, e antes dela, parlamentares petistas tiveram papel fundamental na defesa de Renan. A líder do PT, Ideli Salvati (SC), ao discursar, sustentou a tese de que faltariam provas para cassar Renan. De acordo com as normas constitucionais, legais e regimentais em vigor no entanto, para caracterizar a quebra do decoro, não seria necessário demonstrar que Renan recebeu dinheiro de uma empreiteira; já seria suficiente comprovar o uso de informações falsas. Foi exatamente o que ocorreu, segundo perícia da Polícia Federal: na tentativa de mostrar que teria recursos para pagar uma elevada pensão à jornalista Mônica Veloso, com quem tem uma filha, Renan apresentou vários recibos, notas fiscais e outros documentos considerados frios e inconsistentes.

Função especialmente importante desempenhou o senador Aloizio Mercadante (PT-SP), que pressionou a bancada do seu partido a votar pela absolvição de Renan alegando que contribuir para a cassação de Calheiros seria fazer o jogo da oposição. Encerrada a sessão secreta e anunciado o reu resultado, Mercadante disse aos jornalistas que se absteve de votar.  

Resultado "faz justiça"      

Por sua vez, o senador Almeida Lima (PMDB-SE), ferrenho defensor de Renan, afirmou que o resultado "faz justiça". "O Legislativo vai voltar a trabalhar em paz", afirmou.

O líder do governo na Casa, Romero Jucá (PMDB-RR), afirmou que o importante agora é "acalmar e reconstruir o clima de entendimento" para que matérias importantes sejam votadas. Jucá destacou que o governo não se envolveu diretamente com o resultado. 

Já o senador Alvaro Dias acredita que o resultado de hoje "mantém a crise": "Não há como arquivar as outras representações. Isso é muito ruim para o Senado". Contudo, o tucano considera que as outras representações "perdem força" com a decisão de hoje. 

O senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) avalia que o resultado de hoje se deve à "promiscuidade" entre o governo e o Congresso. "É um crime contra a instituição Senado Federal", declarou.

Para um dos relatores da primeira representação, Renato Casagrande (PSB-ES), " a decisão enfraquece a instituição". Casagrande classificou como "arrogante" a decisão do Plenário, que, afirmou ele, "desconsiderou o parecer técnico elaborado pelo Conselho de Ética". 

 O primeiro-vice-presidente do Senado, Tião Viana (PT-AC), acredita que o "sofrimento" vai continuar. Contudo, o petista ressalta que a instituição precisa ser capaz de superar o momento delicado. (Rodolfo Torres)

Matéria publicada às 17h23 e atualizada às 20h29 de 12.09.2007

Siga-nos noGoogle News
Compartilhar

Temas

Reportagem

LEIA MAIS

Justiça

Damares é condenada a indenizar professora por vídeo postado em redes sociais

Senado

Governo deve perder controle de quatro comissões no Senado

LEI DA FICHA LIMPA

Bolsonaristas articulam mudança na Ficha Limpa para tornar Bolsonaro elegível

NOTÍCIAS MAIS LIDAS
1

COMÉRCIO

Câmara vota fim da regra que exige acordo para trabalho em feriados

2

Piso Salarial

Comissão da Câmara aprova piso salarial para tradutores e intérpretes

3

GUERRA NO ORIENTE MÉDIO

Grupo de políticos brasileiros tenta sair de Israel pela Jordânia

4

TRÊS PODERES

Entenda as "emendas paralelas" que entraram no radar do STF

5

Agenda

Lula participa de Cúpula do G7 no Canadá

Congresso em Foco
NotíciasColunasArtigosFale Conosco

CONGRESSO EM FOCO NAS REDES