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Congresso em Foco
20/6/2007 | Atualizado às 6:07
Edson Sardinha
Um dos principais defensores do presidente do Senado no Conselho de Ética, o senador Wellington Salgado (PMDB-MG), é o novo relator do processo contra Renan Calheiros (PMDB-AL). O vice-líder do PMDB assumiu a relatoria do caso no final da noite de ontem (19), um dia após o senador Epitácio Cafeteira (PTB-MA) pedir afastamento do cargo por motivos de saúde.
Na última sexta-feira, quando Cafeteira leu o seu relatório, coube a Wellington fazer a defesa mais veemente de Renan no Conselho de Ética. Disse que para ele a inocência do colega de partido estava provada e que o adiamento da votação do texto que inocentava o peemedebista só prolongaria o “sangramento” do presidente do Senado.
“Sou o pior político aqui. Sabe por quê? Porque não tenho coragem de participar do que está acontecendo. Não tenho coragem de transferir para terça-feira o sangramento desta Casa. Porque o que estão fazendo é sangrando o presidente da Casa”, afirmou. “Não vou fazer política no Conselho de Ética. Amanhã pode ser que esteja sentado aqui. Sou um idiota politicamente”, acrescentou (leia mais).
Renan é acusado de ter despesas pessoais pagas – no caso, aluguel e pensão para a jornalista Mônica Veloso, com quem tem uma filha de três anos – com dinheiro do lobista Cláudio Gontijo, da construtora Mendes Júnior. O senador alega que os recursos eram dele próprio e tinham como origem rendimentos provenientes da venda de gado.
No início da noite de ontem, o presidente do Conselho, Sibá Machado (PT-AC), recebeu da Polícia Federal o laudo da perícia sobre os documentos apresentados pelo presidente do Senado em sua defesa. A perícia foi realizada por decisão dos integrantes do Conselho após a denúncia veiculada pelo Jornal Nacional de que o peemedebista teria usado notas fiscais frias e empresas fantasmas para justificar os lucros obtidos com a negociação de bois em Alagoas.
O relatório da PF, no entanto, não é conclusivo, pois as investigações se limitaram a apurar a autenticidade dos documentos enviados por Renan. Mas, de acordo com senadores que tiveram acesso ao parecer técnico, a PF fez várias ressalvas. Havia problemas, segundo eles, na cronologia de notas fiscais, pertencentes a três blocos diferentes. Apesar de os papéis serem originais, eles não seguem a ordem cronológica, que é o padrão.
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