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FHC pede ao PSDB que defenda legado de seu governo

29/5/2007
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O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso cobrou ontem (28) dos tucanos que defendam o legado deixado ao país por seus oito anos de governo. Entre as principais conquistas, FHC citou a estabilidade econômica, os avanços no Sistema Único de Saúde (SUS) e as privatizações, realizadas, segundo ele, “sem roubos”.

“Temos que nos orgulhar da privatização porque ela foi sem roubo”, afirmou o presidente de honra do PSDB, durante seminário realizado pelo partido em Brasília para discutir o rumo da legenda. Como exemplo, FHC enfatizou os benefícios gerados com a privatização na área da telefonia.

"Ultrapassamos a marca de 100 milhões de linhas, enquanto em 1995 esse número era de 800 mil", disse. "Com a privatização, o PSDB assegurou a entrada do Brasil na era da internet", acrescentou.

O ex-presidente da República disse que o partido deve se posicionar, de forma mais clara, em relação aos chamados novos temas, como o aquecimento global e a Amazônia. "O mundo mudou e é preciso compreender o novo arranjo das forças globais", afirmou.

"Precisamos atuar como um partido revolucionário, no sentido moderno da palavra, pensando questões fundamentais do nosso tempo", defendeu. "A legenda precisa se atentar a fatos como a derrubada excessiva de árvores e as queimadas na Amazônia", exemplificou.

Fernando Henrique ainda criticou “os que tentam tirar do PSDB” a conquista relativa ao fim da hiperinflação. "A estabilidade é nossa, tornando impossível ouvir que isso foi alcançado no atual governo. A inflação que o país começou a sentir em 2002 pertence à gestão petista, e não a nós. Era o pré-apagão do governo Lula", alfinetou.

Reforma política

Ao fazer menção aos escândalos políticos que atingiram o país nos últimos anos, FHC destacou a necessidade de se aprovar a reforma política, com financiamento público de campanha e voto distrital. "Os escândalos de corrupção hoje são culpa, em parte, do sistema eleitoral que temos hoje", afirmou. “Ou se introduz o voto distrital misto agora ou não haverá reforma política. Ou fazemos financiamento público ou não se acaba com a corrupção”, completou.

O encontro, batizado de "O PSDB e os novos desafios para o Brasil", dá início a um processo de reformulação da sigla, que culminará no III Congresso Nacional do PSDB, em setembro.

“Nosso discurso não é só para ganhar eleição, mas para levar o país à frente para que possamos caminhar melhor", afirmou o deputado José Aníbal (SP), responsável pelo processo de reformulação do partido. (Edson Sardinha)

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