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Congresso em Foco
9/5/2007 | Atualizado 31/8/2007 às 16:00
Ag. Câmara/Laycer Tomaz
No início da noite de hoje (9), a Câmara discutia o Projeto de Lei que homenageia Frei Galvão, que será canonizado pelo Papa Bento XVI na próxima sexta-feira (11), estabelecendo a data como dia do futuro santo. De repente, todos no plenário se surpreenderam quando a deputada Cida Diogo (PT-RJ), aos prantos, chegou à Mesa Diretora. Ela sentou-se ao lado do presidente em exercício, Inocêncio Oliveira (PR-PE). Mal conseguia falar, de tanto choro e soluços.
Mas ela explicou. Disse que ao cruzar com o deputado Clodovil Hernandes (PTC-SP) pelo plenário, começaram a falar sobre o incidente de dias atrás, quando os dois discutiram, ele da tribuna, ela dos microfones destinados aos apartes, por causa de uma declaração feita pelo parlamentar. (confira a discussão)
Em uma visita que fez ao Palácio do Planalto, no dia 20 de abril, para entrevistar a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, para o seu programa de televisão, Clodovil, que já foi estilista, afirmou que parou de fazer vestidos para mulheres porque elas se tornaram “ordinárias”. Além disso, o parlamentar afirmou que atualmente as mulheres "trabalham deitadas e descansam em pé”. (leia mais)
No encontro de hoje entre os dois, novamente o assunto surgiu. Na versão contada pela deputada fluminense, Clodovil teria falado
que, naquela declaração, ele se referia “às putas e mulheres bonitas”. “Mas como você é muito feia, não serviria nem para ser puta", teria afirmado o parlamentar paulista. O Congresso em Foco procurou entre os deputados alguma testemunha da conversa. Alguns garantem que viram os dois juntos, mas negam ter escutado o que cada um teria dito.
Clodovil contou a este site outra versão do encontro. Estava bastante assustado com o rebuliço do plenário diante do choro copioso da deputada. Ele diz que parou para reclamar com Cida sobre o fato dela estar recolhendo assinaturas juntos aos congressistas para entrar com uma representação na Mesa Diretora contra ele. “Pedi para ela parar de fazer isso, pois estava criando muitos inimigos para mim”, declarou ele, visivelmente nervoso, enquanto tomava água em um copinho de plástico.
Questionado se tinha dito que Cida Diogo era “muito feia e não serviria nem para ser puta", ele negou. "Nunca iria falar uma coisa dessas, imagina!”, garantiu. O líder do governo na Câmara, José Múcio (PTB-PE), foi até Clodovil e pediu para que ele deixasse o plenário, para evitar o clima de hostilidade. “Não vou sair, não sou bandido”, respondeu o deputado do PTC.
Sua assessora, contudo, o convenceu a ficar na porta de uma das saídas laterais do pleno. Parado, conversava com este repórter quando começou uma grande confusão: juntaram-se muitos jornalistas, fotógrafos, câmeras, além de seguranças da Casa, deputados e curiosos. O tumulto quase descambou-se para agressões físicas, principalmente por causa da truculência de parte dos seguranças, que carregaram, à força, Clodovil de volta para dentro do plenário.
Sozinho e com as pernas cruzadas em forma de um “x”, o parlamentar ficou quietinho, meio muado, falando ao celular. Instantes depois, Cida deixou o plenário, ainda chorando. (Lucas Ferraz)
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