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Em conversa com jornalistas, Lula descarta 3° mandato

Congresso em Foco

1/3/2007 | Atualizado às 19:19

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O presidente Lula reuniu-se hoje (1°) de manhã com um grupo de jornalistas no Palácio do Planalto para um café da manhã. O encontro durou cerca de duas horas. Em uma conversa informal, ele destacou as principais preocupações do seu governo neste segundo mandato: educação, jovens e segurança, que ele vai tratar com os governos estaduais e a sociedade.

Lula também negou que tenha a intenção de tentar um terceiro mandato na Presidência da República.

Confira os principais pontos da conversa, de acordo com o portal G1

Terceiro mandato

Lula negou com veemência que tenha a intenção de tentar um terceiro mandato, em função de um eventual sucesso do Pacote de Aceleração do Crescimento (PAC). "Não há hipótese. Seria brincar com a democracia. Eu segui a legislação. Fui eleito e reeleito de acordo com a Constituição", disse.

Lula afirmou ainda que quer trabalhar para fazer um segundo mandato muito melhor que o primeiro. E que gostaria de, naturalmente, poder influenciar na eleição de seu sucessor. De acordo com ele, não há nada pior para um político do que não poder subir no palanque de seus pares. Lula acrescentou que quer terminar o mandato podendo recusar convites para subir em palanques.

Segurança

O presidente disse que segurança é um problema crônico e que se engana quem acha que existe solução fácil e imediata. Ele afirmou que é contra uma das principais propostas feita pelo governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral Filho (PMDB).

O peemedebista defende que os estados possam fazer leis penais próprias, para que um mesmo tipo de crime possa ter penas diferentes de acordo com a lei de cada estado. Hoje, o Brasil tem uma única lei penal.

"Há quem ache que estados podem elaborar suas leis penais, aí depois as prefeituras também vão querer," disse Lula.

Lula também afirmou que o Estado não pode tomar medidas numa reação emocional diante de uma tragédia (citando o caso de João Hélio). Em relação à proposta de mudança da maioridade penal, Lula disse que não se pode fazer uma regulação que vai botar a juventude brasileira à mercê da repressão. Para o presidente, o menino que fez a barbaridade (citando outra vez o caso João Hélio) é resultado do acúmulo de erros de governos anteriores. Lula afirmou que a esperança é através do estudo e pelas oportunidades de emprego.

Segundo turno

O presidente afirmou que o segundo turno foi "uma dádiva de Deus", pois permitiu que ele pudesse se aliar a pessoas antes contrárias. Lula disse que sente que hoje há nos partidos uma disposição maior de colaborar com o governo.

Eleições de 1989

O presidente disse que, "graças a Deus", não foi eleito presidente em 1989, quando perdeu o segundo turno da eleição para Fernando Collor de Mello. Disse que hoje está bem mais preparado.

Reforma política

Em relação às propostas em discussão no Congresso (voto distrital, fidelidade partidária, etc), Lula disse que "o presidente não vai se meter". Ele afirmou que o tema deve ser abordado pelos líderes e presidentes dos partidos no Congresso.

Reforma tributária

O presidente disse que vai apresentar aos governadores um novo projeto de reforma tributária, talvez já na reunião do próximo dia 6 de março.

Reforma ministerial

Lula voltou a afirmar que não tem pressa em fazer a reforma. Disse que ainda espera pela acomodação dos partidos para que sejam contemplados de acordo com as suas dimensões.

O presidente também afirmou que não está recebendo pressão de nenhum dos partidos. Disse que recebe sugestões de nomes, mas que todos sabem que a ultima palavra é dele.

Economia

Lula disse que nunca na história republicana o país reuniu tantos indicadores positivos, apesar do crescimento de 2,9% em 2006 (metade da média mundial).

De acordo com ele, o país já cresceu 9,3% no milagre econômico, mas sem distribuição de renda. O presidente também afirmou que o superávit primário deverá ser de 4,25% do PIB, "mas que isso não será uma obsessão". Segundo ele, o governo não a vai gastar mais. "Vai investir mais, gastar é não ter retorno. Queremos investimentos."

Educação

O presidente confirmou que se reúne amanhã (2) com o ministro Fernando Haddad, que irá apresentar a ele o pacote de 42 medidas para a educação (entre decretos, projetos de lei e medidas provisórias).

As medidas não devem ser todas divulgadas amanhã. O presidente explicou que ainda quer discutir algumas propostas com educadores, como os ex-ministros Paulo Renato (governo FHC), Cristóvam Buarque (Lula) e Murilo Hingel (Itamar Franco). Lula quer fortalecer o ensino fundamental, mas as medidas vão atingir todos os níveis da educação.

Uma das idéias é trocar a dívida de universidades particulares com o governo por bolsas de estudo para jovens. Lula também afirmou que devem aumentar o número de vagas noturnas nas universidades federais.

O presidente disse que ele mesmo vai passar a visitar escolas públicas. E que vai visitar a melhor e pior na mesma cidade para entender porque existe a diferença.

Clima

Lula disse que tem conversado com a ministra Marina da Silva, do Meio Ambiente, e que é preciso tomar cuidado com o discurso dos países ricos. "Eles vivem dizendo para não desmatarmos, o que é certo, mas nada fazem para reduzir a emissão de gases poluentes."

"O Brasil tem ainda 69% de suas matas. Os Estados Unidos, apenas 0,5%, e a Europa, apenas 0,3%", disse o presidente.

Bush

Se depender do presidente, o etanol será o principal ponto a ser tratado no encontro do dia 9 em São Paulo com o presidente Bush. "Eu quero dizer ao presidente Bush que o etanol pode se tornar a nova matriz energética do mundo, mas isso não pode ser obra de um só país. É preciso parcerias", afirmou Lula.

Lula acredita que, no futuro próximo, a Petrobras pode vir a ter um papel importante como reguladora dos estoques de etanol. "Já pensaram se na entressafra falta álcool num posto de combustíveis japonês? Seria uma catástrofe", disse.

Estados Unidos

Sobre a relação com os Estados Unidos e a acusação freqüente de que a política externa é anti-americana, Lula disse que "o Brasil tem relações estratégicas com os EUA e a Europa. Mas os EUA cometeram o erro histórico de nunca dar a devida atenção à América Latina e à América do Sul em particular."

Lula disse que hoje a relação entre os dois países está bastante madura, e que ele pessoalmente não confunde o relacionamento pessoal com o relacionamento que deve haver entre chefes de Estado.

De acordo com o presidente, é possível ter uma relação cordial sem que isso signifique subserviência. Lula também afirmou que o Brasil já teve uma postura subserviente em relação aos Estados Unidos.

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