Governistas esperam ano mais trânquilo

A base aliada do governo Lula no Congresso Nacional está confiante de que, neste primeiro ano do segundo mandato do presidente, terá uma vida mais tranqüila na Câmara e no Senado. Segundo a repórter Eugênia Lopes, do Estado de S. Paulo, mesmo sem dispor de maioria folgada nas duas casas, a avaliação dos líderes dos partidos aliados é que a base, este ano, está mais sólida e consistente.

“Não vai ter toma-lá-dá-cá. Quem está apostando nisso vai quebrar a cara. Vamos ter uma base mais ampla e melhor costurada. Até porque desta vez a base foi combinada com os partidos e não em cima de líderes”, declarou o vice-líder do governo na Câmara, deputado Beto Albuquerque (PSB-RS).

Beto Albuquerque acredita que até mesmo o PMDB estará unido nesta primeira fase do segundo mandato do presidente Lula. “O PMDB desta vez não tem o argumento da divisão. Pode até ter algumas deserções, mas o partido vem inteiro para o governo”, afirmou Albuquerque.

De acordo com levantamento realizado pelo Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap), na Câmara, o governo federal contará com 307 votos distribuídos entre oito partidos aliados: PT, PC do B, PRB, PMDB, PTB, PL, PP e PSC.  Já no Senado, dos 81 senadores, 43 estão em sete partidos da base aliada. Além disso, quatro senadores dos 20 que foram eleitos pelo PMDB devem ficar na oposição.  “Nos dois primeiros anos do governo Lula, a tendência é que a oposição seja mais moderada tanto na Câmara quanto no Senado”, disse Antonio Augusto de Queiroz, diretor do Diap.

Na avaliação do líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), o resultado da eleição irá favorecer a atuação do governo no Senado. “Por mais que a oposição queira marcar posição, o resultado da eleição foi positivo para o presidente Lula e isso se reflete no Senado”. O líder governista diz que, neste ano, o clima será menos tenso. “Não há disputa eleitoral e há novos senadores chegando. Em 2007, vamos ter uma base mais consistente. Mas temos sempre de andar com cuidado com o andor porque o santo é de barro”.