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O passado do lobista que pagou viagem de Vavá

Congresso em Foco

24/10/2005 | Atualizado 25/10/2005 às 0:00

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Ronaldo Brasiliense*

Candidato à reeleição, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva deveria ser o principal interessado em ver seu filho Fábio Lula e seu irmão Genival Inácio da Silva, o Vavá, depondo nas CPIs dos Correios, Mensalão e dos Bingos. É melhor esclarecer agora - quando não estamos em ano eleitoral - se houve alguma ilegalidade no financiamento da Telemar à empresa de Fábio ou no suposto lobby feito por Vavá para empresas interessadas em receber benesses do governo federal.

Procrastinar a convocação dos dois só interessa à meia dúzia de parlamentares de oposição que, dia sim dia não, colocam o governo sob suspeição, numa espécie de chantagem. É mais ou menos assim: se vocês, do PT, convocarem sicrano, nós, tucanos e pefelistas, chamaremos beltrano! Se o PT chamar o tesoureiro de campanha de FHC, nós chamaremos os tesoureiros de Marta Suplicy, Aloizio Mercadante e outros capôs petistas. É chantagem ou não é? 

Defendo que o irmão de Lula seja o primeiro a ser convocado. Não sem motivo. No caso específico de Vavá, há um envolvimento grave do irmão mais velho do presidente da República com um conhecido lobista, Silvio Assis, que teria pago passagens aéreas para ele, Genival. Para quem não conhece, cito parte do prontuário do dito cujo: Silvio de Assis saiu corrido do estado do Amapá após ser preso por sonegação fiscal. Antes da fuga, já havia sobrevivido a um ajuste de contas em Macapá, onde recebeu seis tiros à queima-roupa - e sobreviveu.

Depois, diante das denúncias de que teria enriquecido graças ao envolvimento com o tráfico de drogas, fez-se fotografar ao lado do então deputado federal Magno Malta (ES), presidente da CPI do Narcotráfico - no governo FHC -, e usou a foto em outdoor em Macapá, onde registrava, em letras garrafais: "Quem não deve, não teme". Acabou indiciado pela CPI do Narcotráfico e preso.

Silvio Assis foi citado na revista Veja como um dos financiadores de passagens aéreas usadas por Vavá. Segundo a revista, na matéria "Irmão Problema", Genival, um ex-metalúrgico, mantém um escritório em São Bernardo do Campo, no ABC paulista, onde intermediaria pedidos de empresários junto a prefeituras petistas, empresas estatais e órgãos do governo federal, como a Caixa Econômica Federal e a Secretaria-Geral da Presidência da República.

Foi o próprio Vavá quem revelou que uma das passagens aéreas foi paga por Silvio Assis, tratado na matéria como "empresário" do Distrito Federal. Dono de jornal durante muito tempo no Amapá, Silvio Assis sempre fez questão de demonstrar poder e influência junto a autoridades do Executivo, do Legislativo e do Judiciário amapaense e até do Exército, onde recebeu várias homenagens. Suas badaladas festas, na mansão que construiu no bairro Alvorada, em Macapá, se tornaram famosas. Os poderosos participavam, e Assis teria filmado vários deles. Hoje, a mansão está abandonada. Foi seqüestrada pela Justiça Federal.

Preso por decisão do juiz federal Anselmo Gonçalves, por sonegação fiscal, Silvio Assis recorreu ao Tribunal Regional Federal da 1ª Região (Brasília), em julho de 2002. O recurso já tem parecer da Procuradoria-Regional da República e, desde o dia 9 de setembro passado, está concluso para decisão do desembargador federal Olindo Menezes, relator do processo. Silvio é irmão de Silas Júnior, que lançou no Amapá o jornal A Gazeta tão logo Waldez Góes, do PDT, assumiu o governo do estado.

Genival Inácio da Silva e Silvio de Assis são pratos cheios para qualquer CPI. Um bom início para que essa lengalenga de ameaças e chantagens entre governistas e oposicionistas chegue ao fim. Para felicidade geral da Nação.

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