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Congresso em Foco
2/12/2009 22:03
Rodolfo Torres
Novo vídeo da Operação Caixa de Pandora mostra o empresário Alcir Collaço, dono do jornal Tribuna do Brasil, conversando com Durval Barbosa, ex-secretário de Relações Institucionais do Governo do Distrito Federal e pivô da crise em Brasília.
Na conversa, gravada no dia 17 de setembro de 2009, ele menciona o nome de quatro deputados federais que fazem parte da cúpula do PMDB: o presidente da Câmara, Michel Temer (SP); o líder do partido na Câmara, Henrique Eduardo Alves (RN), Eduardo Cunha (RJ), e Tadeu Filippelli (DF).
De acordo com o dialogo, R$ 800 mil mensais eram pagos a esses deputados em troca do apoio ao governador do DF, José Roberto Arruda (DEM). Apenas Filippelli receberia R$ 500 mil. Por sua vez, os outros três deputados receberiam R$ 100 mil. O dinheiro viria da Novacap, empresa do GDF responsável pela urbanização de Brasília
O ex-deputado Fernando Diniz (MG) também é citado, e receberia R$ 100 mil. Contudo, o então presidente do PMDB mineiro morreu em julho passado por complicações cardíacas.
Collaço é o empresário que, em outro vídeo gravado por Durval aparece colocando dinheiro na cueca.
O outro lado
Por meio de nota, Temer afirmou: "Sobre a menção irresponsável e descabida a meu nome em gravação realizada em Brasília, também tomarei as devidas providências legais".
"Vivi hoje o pior dia de toda minha trajetória política", afirmou o presidente da Câmara, que também teve seu nome envolvido em uma planilha encontrada pela Polícia Federal na casa de um dos executivos da construtora Camargo Corrêa. O nome de Temer estava ao lado de valores que totalizam US$ 345 mil. (leia mais)
Ao portal iG, outros peemedebistas também se defenderam. Eduardo Cunha disse desconhecer Collaço: "Não conheço esse sujeito, não tenho relação com essas pessoas e acho isso um negócio tão estapafúrdio que não merece o menor comentário".
"É uma loucura, um despropósito. Farei tudo o que estiver ao meu alcance para reparar isso. Tenho mais de vinte anos de vida pública e nenhuma pendência em qualquer tribunal de contas. Tenho uma história impecável. Se precisar, eu faço uma acareação com eles", defendeu-se Filippelli. Henrique Eduardo Alves não respondeu.
Por sua vez, o governador Arruda nega as acusações e se diz vítima de um complô armado por adversários políticos.
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