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Dantas ataca Protógenes, PF e Justiça paulista

Congresso em Foco

16/4/2009 18:16

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Daniela Lima

Com fala pausada e tranquilidade aparente, o banqueiro Daniel Dantas depôs por quase sete horas à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga escutas clandestinas. Nesta tarde, além de acusar a Polícia Federal de criar operações para defender interesses de grupos econômicos, o dono do Opportunity disse que "teve informações" de compras de sentenças judiciais em tribunais paulistas de primeira instância, mas que o Juiz Fausto De Sanctis, que autorizou suas duas prisões no ano passado, não se incluia neste grupo.

O banqueiro desclassificou o delegado da Polícia Federal Protógenes Queiroz, que coordenou parte da Operação Satiagraha, na qual Dantas foi preso acusado de crimes financeiros. "Ele atira com uma metralhadora de 270 graus", disse, ilustrando sua tese de que é perseguido pelo delegado, hoje afastado da instituição.

Ao falar sobre o judiciário brasileiro, Dantas garantiu aos deputados que "nunca esteve sequer no mesmo ambiente" que o presidente do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes. Foi o ministro quem concedeu dois habeas corpus a Dantas após suas prisões, no ano passado.

Hoje, Dantas prestou depoimento protegido por outro habeas corpus, esse dado pelo ministro Marco Aurélio Melo. O benefício lhe garantiu o direito de permanecer em silêncio, de não se comprometer com a verdade e de ter acesso a todos os dados da CPI.

"Indícios de irregularidades"

Após o depoimento do banqueiro, o presidente da CPI, deputado Marcelo Itagiba (PMDB-RJ), disse que "existem indícios de irregularidades" e que "nesse filme não há mocinhos e bandidos". O relator da CPI, Nelson Pellegrino (PT-BA) entregará seu relatório final na próxima quinta-feira (23), mas adiantou que irá pedir o fechamento da empresa Kroll, acusada de espionar ilegalmente autoridades e empresários brasileiros.
 
Pellegrino, no entanto, garantiu que ainda não decidiu se irá recomendar o indiciamento de Protógenes e Paulo Lacerda, ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência, por falso testemunho.

O relator diz que três pontos serão fundamentais para sua decisão: se a participação informal de agentes da Abin na Satiagraha foi ou não legal; se a Abin pode ter acesso a informações telefônicas sigilosas, e se Protógenes e Lacerda incidiram no crime de falso testemunho durante a CPI. "Terei de analisar as declarações deles, nas duas vezes em que prestaram depoimento. Existe uma diferença entre omitir e mentir. Identificar isso é o fundamental", explicou.

Na prática, o depoimento de Dantas, segundo analisaram os próprios parlamentares, acabou lhe servindo como forma de promover auto-defesa e provocar a Polícia Federal. "Ele veio muito bem preparado. Era um homem gelado. Fez aqui o seu discurso de defesa", opinou o deputado raul Jungmann (PPS-PE), membro da CPI.

O deputado pernambucano defende uma nova prorrogação para a CPI - essa seria a quinta. O relator da comissão, Nelson Pellegrino, diz não ver motivos para isso e que o colega terá de embasar suas alegações para que ele também defenda a prorrogação da CPI.

Laudo

Durante seu depoimento, Dantas apresentou laudo de perito contratado por ele que desclassifica a principal prova da PF contra o banqueiro acusado de corrupção. Nela, um dos funcionários de Dantas é gravado oferecendo suborno a policiais federais. A gravação, de acordo com o perito contratado por Dantas é "imprestável do ponto de vista técnico-pericial".

Os deputados, no entanto, disseram que o laudo não é suficiente para colocar em dúvida os autos do inquérito em que Dantas é acusado de corrupção. "Laudo tem para todo gosto", ironizou Jungmann.

O foneticista Ricardo Molina foi o perito contratado por Dantas para opinar sobre a gravação apresentada pela PF. Molina atuou em casos de repercussão nacional, como o da morte do assessor do ex-presidente e hoje senador Fernando Collor de Melo, Paulo César Farias. Até hoje, as circunstâncias em que PC Farias e sua namorada, Suzana Marcolino, morreram são controversas.

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