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Congresso em Foco
31/10/2008 19:07
O presidente Lula voltou a criticar hoje (31) o sistema financeiro mundial. Ele, que estava em viagem oficial a Cuba, disse que é preciso mudar a economia mundial. Lula afirmou também que as mesmas instituições que sempre foram contra ao controle do Estado na economia hoje recorreram aos governos para ajuda por conta da crise.
"É preciso mudar a economia mundial. O FMI (Fundo Monetário Internacional) e o Banco Mundial, do jeito que funcionam hoje, de nada servem. Os países precisam regular o sistema financeiro", disse Lula. "Descobriu-se que o mercado é um ovo sem gema."
Para Lula, a crise mostra que o mercado financeiro não se auto-regula. “É preciso que os países, principalmente os emergentes, que estão sendo apontados como salvadores do capitalismo, tenham direito a participar das decisões", disse.
O presidente voltou a afirmar a “satisfação em pagar a dívida do Brasil com o FMI”. "Eu tive uma alegria imensa no dia em que chamei o presidente do FMI e lhe disse: 'Não preciso mais dos seus US$ 16 bilhões, pode levar'. Vocês não imaginam a alegria que tive. Eu que passei a vida inteira dizendo 'Fora, FMI', e, como presidente da República, ter chamado o FMI para dizer 'Adeus, FMI'", comemorou.
Embargo
Após encontro com o ex-presidente cubano Fidel Castro, Lula defendeu o fim do embargo econômico a Cuba. Ele comentou a recente decisão da Organização das Nações Unidas (ONU), que voltou a condenar o bloqueio econômico à ilha, mas acrescentou que a decisão "certamente não muda nada".
"Já estamos acostumados a ver que as decisões da ONU são cumpridas apenas quando há interesse dos grandes", disse o presidente.
Lula foi a Cuba para participar da assinatura de contrato da Petrobras com a Cuba Petróleo, para exploração e produção de petróleo no país. O contrato terá duração de 32 anos, sete deles destinados à prospecção, e 25 à produção.
Fidel Castro renunciou à Presidência de Cuba em fevereiro deste ano, após 49 anos no poder. Em seu lugar, assumiu seu irmão Rául Castro, que ocupava o Ministério da Defesa.
Eleição nos EUA
Lula declarou sua preferência pelo candidato democrata à Presidência dos Estados Unidos, Barack Obama. Ele disse que "não conhece bem nem McCain, nem Obama", mas que "assim como o Brasil elegeu um metalúrgico, a Bolívia um índio, a Venezuela o Chávez, seria extraordinário ter um negro à frente da maior economia do mundo".
"Claro que a decisão do país é soberana, mas existe uma ponta de alegria na mente silenciosa de cada um de nós, se um negro for eleito nos Estados Unidos", disse Lula. (Mário Coelho)
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