O senador Efraim Morais (DEM-PB), primeiro-secretário do Senado, entregou hoje (7) ao diretor-geral da Polícia Federal, Luiz Fernando Corrêa, documento em que pede a divulgação de dados concernentes à sua atividade parlamentar que tenham ligação com a Operação Mão-de-Obra, da PF.
A operação investigou indícios de irregularidades em licitações de terceirização no Senado e outros órgãos públicos. Ontem (6),
reportagem exclusiva do
Congresso em Foco revelou que a empresa contratada para os serviços de taquigrafia da Casa é alvo do Ministério Público Federal, que considera o contrato irregular e denuncia uma espécie de ação entre amigos.
No ofício entregue à PF, Efraim solicita a divulgação de “qualquer diálogo”, caso exista, entre ele e os acusados na operação. O senador faz menção à matéria publicada ontem pelo jornal
Correio Braziliense em que as supostas práticas irregulares são relatadas, e diz que o supracitado “órgão de imprensa local insinua, em claro tom sensacionalista”, o seu envolvimento com o caso.
Em trecho do ofício, Efraim diz ainda que, também ontem, subiu à tribuna do Senado para anunciar que “autorizava, o mesmo procedimento [divulgação de dados] em relação às finanças pessoais, caso surgissem efetivos indícios” de seu envolvimento com o esquema de irregularidades.
(Fábio Góis)
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aqui o fac-símile do ofício.