O presidente do Banco Central (BC), Henrique Meirelles, participou hoje (25/09) de audiência pública na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado para fazer o balanço trimestral de contas da instituição financeira.
Em meio aos elogios rasgados de senadores à sua atuação à frente do BC, Meirelles falou sobre a polêmica da CPMF, cuja prorrogação foi aprovada em primeiro turno no plenário da Câmara, e disse que a decisão sobre a contribuição é de “ordem política”, não cabendo ao BC se manifestar sobre a questão. Entretanto, ao menos publicamente, manifestou-se a favor da extensão da CPMF até 2011, com a mesma alíquota de 0,38%.
Como ponto positivo do debate acerca da contestada CPMF, Meirelles afirmou que o assunto está sendo “muito bem explorado e discutido” pela opinião pública, que estaria sendo devidamente representada no Congresso Nacional. O presidente do BC ressaltou também a importância que decisões sobre custos e benefícios de variados tributos tem para a população.
Em outro assunto abordado na ocasião, Meirelles admitiu que a taxa média de juros paga pelo consumidor cai em ritmo menos acelerado do que a taxa básica (Selic), o que teria sido causado pelo ingresso de novos clientes no sistema financeiro – que, por sua vez, geraria elevação de crédito na economia. (Fábio Góis)