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Congresso em Foco
31/7/2007 | Atualizado às 18:39
O presidente Lula afirmou hoje (31), durante cerimônia de lançamento do PAC Saneamento Básico e Urbanização no Mato Grosso, que não se incomoda com as vaias que recebeu nos últimos eventos que participou. “Temos duas orelhas, uma para escutar vaias e outra para escutar aplausos”, disse.
De acordo com Lula, aqueles que o vaiaram “são os que mais deveriam estar aplaudindo”. “Os que estão vaiando, posso garantir, são os que ganharam muito dinheiro neste país no meu governo. Aliás, a parte mais pobre é que deveria estar mais zangada, porque ela teve menos do que eles tiveram”, afirmou o presidente.
Para Lula, apenas na época da eleição é que parte da elite brasileira que faz política “acha um pobre importante”. “Na época da eleição, se um político tiver que escolher entre jantar com os banqueiros e jantar com os favelados, ele vai jantar com os favelados. Agora, depois das eleições, que o favelado não se meta a besta de aparecer para cobrar alguma coisa, porque ele passa a ser riscado do calendário de prioridades da maioria dos políticos brasileiros”.
O petista voltou a defender a necessidade de investimentos públicos em saneamento básico. De acordo com o presidente, R$ 40 bilhões serão investidos “só para saneamento básico e urbanização de favelas”. “E eu sei que tem gente que fica nervosa, tem gente que não gosta que a gente faça isso. ‘Que história, vem prefeito, vem governador, vem presidente querendo olhar para o pobre. Não tem que olhar para pobre não, tem que fazer uma praça bonita onde mora a parte mais rica da cidade.’ É assim que eles pensam. Mas nós temos compromisso com a nossa consciência”.
Democracia
O presidente voltou a defender o papel do Congresso Nacional na democracia. “Quando vejo gente criticar o Congresso Nacional, que o Congresso Nacional não faz isso, não faz aquilo, eu, com todos os defeitos que possa ter o Congresso Nacional, ponho as mãos para o céu todos os dia e agradeço a existência dele, porque sem ele este país seria muito pior”.
“Mas, se alguns quiserem brincar com a democracia, eles sabem que ninguém neste país sabe colocar mais gente nas ruas do que eu. Eles sabem. Portanto, se alguém acha que, com estupidez, vai atrapalhar que a gente faça neste país o que precisa ser feito, pode tirar o cavalo da chuva, porque não conheço um deles que tenha uma biografia que lhe permita sequer falar em democracia neste país, e eu conheço muitos deles”, complementou.
Lula ressaltou que mistura sua relação pessoal com questões partidárias. “Minha amizade pessoal é uma coisa, minha questão partidária é outra, minha relação com os adversários é outra. Mas tem gente que não pensa assim. Essa gente que não pensa assim fez a Marcha com Deus pela Liberdade em 1964, que resultou no golpe militar; essa gente que não pensa assim levou Getúlio Vargas ao suicídio; essa gente que não pensa assim levou o João Goulart a renunciar; essa gente que não pensa assim ficou contente com 23 anos de regime militar e está incomodada com a democracia. Porque a democracia pressupõe o pobre ter direito; pressupõe o pobre ter Bolsa Família; pressupõe fazer a reforma agrária, e ainda estamos em dívida com os trabalhadores e precisamos fazer mais”.
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