O corregedor do Senado, Romeu Tuma (DEM-SP), defendeu hoje, em entrevista à rádio Jovem Pan, que o senador Leomar Quintanilha (PMDB-TO) deixe a presidência do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Casa. Conforme publicou o Congresso em Foco na última quarta-feira (27), Quintanilha responde a inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF) por crime contra a ordem tributária (leia mais).
O inquérito, que tramita em segredo de Justiça, apura o envolvimento do senador em fraudes em licitações e obras públicas. Ele teria recebido propina em troca de R$ 280 mil em emendas para obras da construtora Talismã. O Ministério Público Federal suspeita, também, de um total de R$ 3.049.332,55 em emendas de Quintanilha para a Construtora Forma.
Para Tuma, o Senado tem "obrigação" de investigar as denúncias. "Tendo em vista essas acusações, ele deveria renunciar à presidência. Se pesa sobre ele essa acusação, que é grave, ele deveria pedir licença e ceder o lugar para outro", afirmou.
O corregedor acrescentou acreditar que houve quebra de decoro: "Eu vou tentar identificar qual é o ministro que está com os processos para se fazer uma investigação preliminar para ver se houve ou não a quebra de conduta ética e moral. Pela primeira impressão, me parece que sim!". O portal do STF informa que o relator do inquérito 2274, em que Quintanilha aparece como investigado, é o ministro Cezar Peluso. (Carol Ferrare)