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Congresso em Foco
2/7/2007 | Atualizado às 10:29
"Sei exatamente o que fiz", assume o ex-presidente do Conselho de Ética do Senado, Sibá Machado (PT-AC). Em entrevistas dadas à imprensa acreana e reproduzidas parcialmente pelo portal Acre 24 horas, o petista admite que pediu à Polícia Federal que não "extrapolasse sua competência" na perícia dos documentos da defesa do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e deixa claro que no conselho há um "jogo de interesses" para proteger Renan.
Renan Calheiros é acusado de aceitar que o lobista Cláudio Gontijo, da empreiteira Mendes Júnior, pagasse a pensão de sua filha com a jornalista Mônica Veloso. Para justificar a origem do dinheiro, a defesa do senador apresentou uma série de notas fiscais, Guias de Transporte Animal (GTAs) e extratos bancários que comprovariam que a venda de gado lhe renderia o suficiente para arcar com a despesa mensal de cerca de R$ 12 mil.
Nas entrevistas, Sibá, defensor da transferência da apuração das irregularidades apontadas na perícia da PF para o Supremo Tribunal Federal (STF), afirma que até mesmo a disputa presidencial de 2010 está em jogo na crise que envolve o presidente do Senado. Renan cogita concorrer à vice-presidência em uma eventual chapa pura do PMDB.
O acreano admite ter deixado a presidência do conselho para não entrar em choque com os interesses do PT e revela: Epitácio Cafeteira (PTB-MA), primeiro relator da representação do Psol contra Renan, não pediu licença do conselho por problemas de saúde, renunciou ao cargo por não estar agüentando a pressão dos aliados do peemedebista.
Cafeteira, uma semana depois de ser nomeado relator, apresentou um parecer recomendando o arquivamento da representação. O relatório não foi votado, os conselheiros decidiram, com o aval de Renan – transmitido pelo líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR) – realizar a perícia dos documentos e ouvir Gontijo e Pedro Calmon Filho, advogado de Mônica.
No domingo, dia 17, quatro dias depois de apresentar o parecer, Cafeteira pediu afastamento do conselho alegando problemas de saúde (ele está internado no hospital Sírio-Libanês para a realização do uma cirurgia desde o dia 24). Sibá Machado assumiu, então, como relator temporário. Foi sucedido por Wellington Salgado (PMDB-MG), que durou 24h no cargo.
Com a desistência de Salgado, a relatoria ficou vaga. A dificuldade em encontrar um interessado no cargo culminou com a renúncia de Sibá da presidência e a subseqüente eleição de Leomar Quintanilha (PMDB-TO) para o comando do colegiado. Após protagonizar o burlesco convite e desconvite de Renato Casagrande (PSB-ES) para a vaga de relator da representação, Quintanilha ainda não decidiu quem será o responsável por elaborar um parecer definitivo sobre as acusações contra Renan Calheiros. (Carol Ferrare)
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