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Congresso em Foco
2/6/2007 | Atualizado às 7:56
A Justiça Federal de Mato Grosso aceitou, ontem, denúncia do Ministério Público contra os quatro controladores de vôo responsáveis por monitorar a trajetória do jato Legacy que se chocou contra o Boeing da Gol em setembro do ano passado, em um acidente que resultou na morte de 154 pessoas. Também serão indiciados os pilotos do jato, Joe Lepore e Jean Paul Paladino. Os seis são acusados de homicídio culposo – sem intenção de matar.
Os quatro controladores, que serão indiciados por negligência, são Felipe dos Santo Reis, Jomarcelo Fernandes dos Santos, Lucivando Tibúrcio de Alencar e Leandro José de Barros, todos lotados no Cindacta-1, em Brasília.
Felipe é acusado de ter dado instruções erradas aos pilotos do jato, não informando sobre as mudanças de nível que deveriam ocorrer durante o trajeto da aeronave. O MP afirma que Jomarcelo sabia que os pilotos deveriam estar voando a 36 mil pés de altitude e não os alertou de que estavam a 37 mil pés, mesma altitude em que viajava o boeing.
Lucivando, que assumiu o controle do Legacy com o fim do turno de Jomarcelo, demorou mais de dez minutos para entrar em contato com o Legacy após assumir o posto, afirma o procurador Thiago Lemos de Andrade. O quarto controlador indiciado era assistente de Lucivando, que não o teria alertado sobre o erro.
As acusações contra os pilotos do Legacy referem-se ao mau uso do transponder, equipamento de segurança que permite à torre de controle rastrear o avião, e ao desrespeito do plano de vôo. Nas investigações, o MP concluiu que eles não sabiam utilizar o equipamento e o desligaram sem querer.
Depoimentos
Após a instauração do inquérito, a Justiça Federal iniciará a fase de coleta de depoimentos. Os pilotos serão ouvidos dia 27 de agosto e os controladores no dia seguinte. Segundo explica o juiz federal substituto da vara de Sinop (MT) em seu despacho, Lepore a Paladino são obrigados, por tratados de cooperação assinados por Brasil e Estados Unidos, a vir ao Brasil para prestar depoimento.
A impossibilidade de ouvir Lepore e Paladino é um dos principais empecilhos com que a CPI do Apagão Aéreo da Câmara se deparou para dar prosseguimento às investigações sobre o acidente com boeing da Gol. Na quinta-feira, o relator e o presidente da comissão, deputados Marcelo Castro (PMDB-PI) e Marco Maia (PT-RS), chegaram a se reunir com a presidente do Supremo Tribunal Federal, ministra Ellen Gracie, para tentar encontrar um modo de trazê-los ao país, mas ela explicou que os tratados não dão às CPIs autoridade para convocar americanos.
"Esse é o principal problema que temos no momento. Do ponto de vista jurídico, e dos convênios que são estabelecidos pelo Brasil com outros países, nós não temos hoje nenhuma garantia de que poderemos efetivamente ouvir os pilotos", queixou-se, após o encontro, Marco Maia. (Carol Ferrare)
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