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PSDB vive depressão pós-eleitoral, admite Tasso

Congresso em Foco

27/11/2006 7:03

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O PSDB vive um momento de "depressão" e "ressaca pós-eleitoral" após a derrota na eleição presidencial, admite o presidente do partido, senador Tasso Jereissati (CE). Na avaliação do senador cearense, os tucanos precisam restabelecer um contato mais próximo com a sociedade, avançando, inclusive, no sindicalismo e nas universidades, tradicionais redutos petistas.

Em entrevista exclusiva à Folha de S. Paulo, Tasso reconhece que os governadores José Serra e Aécio Neves travarão uma disputa interna para decidir quem disputará a Presidência pelo partido em 2010. E diz que os dois formariam uma "dobradinha imbatível".

Mesmo fazendo uma autocrítica em relação aos equívocos do partido na campanha presidencial, o senador afirma que Lula seria reeleito este ano, independentemente de quem fosse o candidato tucano. "Não dá mais para discutir isso. Seja quem fosse o candidato, o Brasil quis eleger Lula."

O presidente do PSDB afirma ainda que o partido não se furtará ao "diálogo institucional" com o Palácio do Planalto, mas que jamais se deixará ser cooptado pelo governo federal.

O tucano também admite, pela primeira vez, deixar o comando do partido em meados do ano que vem, quando pretende transferir ao ex-presidente Fernando Henrique Cardoso a missão de "atualizar" as diretrizes do programa idealizado para a sigla há 20 anos.

"Não vejo ninguém nesse país mais preparado para fazer um trabalho de organizar o programa do que o intelectual Fernando Henrique Cardoso", diz Tasso, que defende ser preciso evitar o clima de "banalização da delinqüência" no país.

Veja os principais trechos da entrevista de Tasso aos repórteres Silvio Navarro e Vera Magalhães:

Depressão pós-eleitoral
Não é uma trégua. Mas acusações gravíssimas rodaram o país quase diariamente, alertamos a população, mas ela resolveu dar crédito ao governo. Isso nos decepcionou e estamos num período passageiro de depressão pós-eleitoral, de ressaca. É tempo de nos reorganizarmos também.

Diálogo com o governo
Nós sempre dialogamos. No Congresso nada se aprovou sem que houvesse diálogo. Agora, existe uma diferença gigantesca entre diálogo e cooptação. Existem os cooptáveis que vão pelos caminhos dos cargos, do Orçamento, até do mensalão. Nós somos incooptáveis.

Segundo mandato
Nada faz crer que será diferente. Houve erros brutais na economia, o Brasil perdeu um dos momentos mais brilhantes e felizes da economia mundial nos últimos 50 anos. Jogamos for terra a oportunidade de crescer.

Sem culpados
Não é por culpa nem do candidato nem de ninguém. Todos nós devemos ter cometido algum tipo de erro. Perdemos as eleições diante de um governo que teve o maior número de casos de corrupção na história, um crescimento medíocre comparado ao mundo e a deterioração do serviço público - está aí o apagão aéreo.

Erros na campanha
O PSDB vai se debruçar sobre isso não daqui a quatro anos, mas já. Temos consciência de que um dos problemas é que não ficou claro para a população, além da questão ética, por que trocar. A questão da privatização foi colocada de uma maneira confusa. Vamos buscar, a partir do início do ano que vem, rediscutir nosso programa, feito há 20 anos.

Serra e Aécio em 2010
No Congresso, continuamos muito unidos. Somos fortes, principalmente no Senado, mas só se unidos. Definir alguma coisa para daqui a quatro anos é muito difícil. Até a chapa Serra-Aécio, Aécio-Serra é possível. Eleitoralmente, hoje, parece imbatível.

Aproximação ideológica
O mundo hoje é outro. A social-democracia é outro conceito. Temos de deixar claro qual é a nossa diferença em relação ao PT. O PT era um partido socialista, marxista, hoje se diz um partido social-democrata também. Ficou muito perto de nós.

Aproximação com as bases
A ponta da sociedade não tem formação política ou militância em torno de uma proposta teórica. Por isso, lhe interessam os programas que tenham a ver com seu dia-a-dia. O Plano Real nos deu enorme acesso às bases mais excluídas. Agora, o projeto Bolsa Família fez esse papel e se contrapôs à questão da corrupção. A universidade é difusora de opiniões e visões, passando pelos extratos das forças liberais, da classe média. É esse caminho que temos de voltar a percorrer, inclusive pelo sindicalismo.

Lula
Acho muito difícil o Lula fazer um sucessor. Ou ele faz uma mudança radical em relação ao primeiro governo ou não vai precisar nem de PSDB nem de PMDB nem PFL. O governo, no primeiro ano, desfrutou da herança bendita. Agora a herança é dele mesmo. (...)O Lula vai ter que mudar muito, porque do ponto de vista histórico e político, quando a classe média tem uma visão negativa sobre um governo, ela acaba preponderando sobre a sociedade. Hoje a visão da classe média é muito negativa, principalmente na visão da questão da honestidade, e isso tende a se espalhar.

FHC
Não vejo ninguém nesse país mais preparado para fazer um trabalho de organizar o programa, com visão moderna do mundo do que o intelectual Fernando Henrique Cardoso. Estou num processo de convencimento para que ele coordene essa discussão.

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