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Congresso em Foco
22/11/2006 | Atualizado às 14:21
Apesar de ter dito durante boa parte de seu depoimento à CPI dos Sanguessugas que o seu papel era o de analisar tecnicamente o documento que a família Vedoin queria repassar a integrantes do PT, o ex-diretor de Gestão de Risco do Banco do Brasil Expedito Veloso admitiu, pela primeira vez, que participou de reuniões em que também se discutia como seria feito o pagamento aos Vedoin pelo dossiê contra políticos tucanos.
"Eu quero dizer que estive com o Valdebran para esclarecer questões técnicas, mas todas às vezes eles conversavam sobre dinheiro. A questão é que meu trabalho foi técnico. Eu não posso impedir o que eles queriam falar."
Expedido foi questionado pelo deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP) a respeito das 144 ligações realizadas entre ele e o empresário Valdebran Padilha, um dos principais acusados de envolvimento no escândalo do dossiê Vedoin.
O depoente disse que falou 43 vezes com Valdebran, mas as conversas sempre eram rápidas. "Grande parte das ligações são de dois segundos. A gente precisa avaliar a quebra de sigilo com certa parcimônia", reiterou. O ex-diretor do BB foi perguntado, então, quais tratativas eram essas.
Sobre o assunto, Expedido Veloso afirmou que as conversas eram relacionadas à autenticidade dos documentos e sobre a viabilidade da entrevista, que seria concedida a revista Istoé. "Eram ligações relacionadas à seqüência dos processos", observou.
Acareações
No meio do depoimento de Expedito Veloso, o vice-presidente da CPI, deputado Raul Jungmann (PPS-PE), perguntou ao depoente se ele aceitava participar de uma acareação com Valdebran Padilha e Gedimar Passos. Antes de responder ao parlamentar, Expedito Veloso foi interrompido pelo deputado Eduardo Valverde (PT-RO), que disse: "Se for para fazer uma acareação entre os três, eu também quero saber se podemos fazer uma acareação entre o Vedoin e Barjas Negri".
Pizza?
O deputado Júlio Redecker (PSDB-RS) levantou uma questão de ordem durante o depoimento de Expedido Veloso. Redecker criticou o mecanismo que a CPI estava utilizando para argüir o depoente. "Me parece uma malandragem que se estabeleceu aqui dentro para que a investigação não avance. Nós não estamos conseguindo fazer perguntas, avançar no raciocínio lógico. Estamos restringidos no direito de questionar e mais uma vez estou decepcionado", afirmou.
Em resposta a Redecker, o presidente da CPI, deputado Antônio Carlos Biscaia (PT-RJ), argumentou que o deputado Fernando Gabeira, por exemplo, falou por 1h30. "Não vou aceitar afirmações de que eu esteja participando de algum fato para impedir investigações. Não faz parte do meu perfil como político", disse Biscaia. (Tarciso Nascimento)
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