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Congresso em Foco
25/10/2006 6:15
Advogados do empresário Abel Pereira, ligado ao ex-ministro da Saúde Barjas Negri (PSDB), disseram ontem que o seu cliente foi usado como "isca" pela máfia dos sanguessugas em uma armadilha para petistas interessados na compra do dossiê contra tucanos. As declarações foram dadas por Sérgio Pannunzio e Eduardo Silveira aos repórteres Hudson Corrêa e Leonardo Souza, da Folha de S. Paulo.
De acordo com Pannunzio, Abel somente foi a Cuiabá, no dia 24 de agosto, conversar novamente com Luiz Antonio Vedoin, chefe dos sanguessugas, porque sofreu ameaça durante seu primeiro encontro com o dono da Planam, no início daquele mês em São Paulo. Vedoin teria ameaçado fazer acusações contra Abel.
No dia 14 de setembro, Vedoin entregou à Justiça comprovantes de depósitos e cheques que, segundo ele, mostravam pagamento de propina a Abel pela liberação de verbas no ministério na gestão de Barjas. Amigo do ex-ministro tucano, o empreiteiro é suspeito de ser o elo entre os sanguessugas e o Ministério da Saúde durante o governo Fernando Henrique Cardoso.
Em entrevista à imprensa anteontem em Cuiabá, Abel não disse que sofrera a ameaça nem que se sentira usado como "isca" de uma armadilha para petistas. De acordo com os advogados, o empresário de Piracicaba (SP), município administrado hoje pelo ex-ministro, teve dificuldades em se expressar na entrevista.
Conforme a versão dos advogados, Vedoin queria mostrar aos emissários petistas Expedito Veloso e Gedimar Pereira Passos, que participavam da campanha de reeleição do presidente Lula, que estava negociando também com Abel a venda do dossiê contra tucanos. Perícia da PF aponta que no dia 13 de setembro Expedito mandou uma mensagem para o celular de Valdebran Padilha, preso junto com Gedimar com o R$ 1,75 milhão que seria usado no compra do dossiê. A mensagem dizia que era preciso "acionar um plano B", porque estaria havendo negociação com Abel para manter um silêncio sobre o dossiê.
Relatório parcial da PF sobre a origem do dinheiro usado na compra do dossiê diz que Vedoin, "após se achar em situação de liberdade provisória, passou a direcionar esforços no sentido de captar recursos financeiros em troca do silêncio de atividades delituosas praticadas por terceiros envolvidos nas fraudes das ambulâncias", relata a Folha.
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