Depoimentos beneficiam Serys
Congresso em Foco
20/9/2006 | Atualizado às 18:17
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Conselho de Ética do Senado ainda não encontrou provas que comprovem a participação da senadora Serys Slhessarenko (PT-MT) na máfia das ambulâncias.
Agora à tarde prestaram depoimento a portas fechadas o ex-assessor da senadora Sérgio Henrique Rebelo Dias e a ex-secretária da Planam Maria Estela da Silva.
"Em momento algum os depoentes mencionaram telefonemas da senadora para negociar emenda ou algum contato com os empresários", disse o senador Paulo Octávio (PFL-DF), relator do processo disciplinar contra Serys. Ao ser questionado se pediria a cassação da senadora, Paulo Octávio disse apenas que "está em busca da verdade".
Segundo o relator, no depoimento Maria Estela informou que o ex-assessor de orçamento de Serys, João Policena Neto, ligou algumas vezes para o celular pessoal de Darci Vedoin, um dos sócios da Planam. A ex-secretária explicou que sabe disso, pois quando Darci ia para reuniões deixava seu celular com ela.
"A ligação no celular nos preocupa porque ele (João Policena) era quem preparava as emendas e isso é um fato novo", admitiu Paulo Octávio.
O depoimento de Sérgio Henrique, por outro lado, foi bom para a senadora. Sérgio garantiu que não apresentou o genro de Serys, Paulo Roberto, ao dono da Planam Luiz Antonio Vedoin. "Isso de certa forma confirma o depoimento de Paulo Roberto, mas contradiz o de Luiz Vedoin", explicou Paulo Octávio, acrescentando que Sérgio não teria motivos para mentir sobre o assunto.
O relator do processo disse ainda que "em momento algum os depoentes mencionaram telefonemas da senadora para negociar emenda ou algum contato com os empresários".
Maria Estela disse apenas que recebeu varias vezes Sérgio na Planam e que as visitas eram mais freqüentes em 2003, quando ele era assessor da prefeitura de Pontes Lacerda, no MT. Esse ano, de acordo com relato da ex-secretária, Sérgio teria ido à Planam apenas uma vez.
