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Congresso em Foco
20/9/2006 | Atualizado às 17:07
O ex-assessor de orçamento da senadora Serys Slhessarenko (PT-MT), João Policena Rosa Neto, disse nesta quarta-feira (20) que, nos três anos em que trabalhou com a parlamentar, viu Paulo Roberto Ribeiro somente três vezes no gabinete. Neto prestou depoimento no Conselho de Ética do Senado.
Roberto é genro de Serys e foi acusado de receber recursos dos donos da Planam, empresa que coordenava a máfia dos sanguessugas no Congresso, em troca de emendas para a compra de ambulâncias.
"O Paulo Roberto não tem influência na atividade parlamentar da senadora. Ele nunca me procurou para tratar de emendas", relatou o ex-assessor. Neto assegurou também que o empresário Luiz Antonio Vedoin, dono da Planam e operador do esquema no Congresso, nunca foi recebido pela petista no gabinete.
Em relação às emendas feitas em 2003 e 2004 por Serys para a compra de ambulâncias, o ex-funcionário afirmou que a idéia era atender a vários municípios de forma genérica. Ele negou a possibilidade de ter havido propina em troca delas. "Nosso critério era atender ao maior número de municípios com emendas guarda-chuvas, genéricas", disse.
Neto disse ter se encontrado com Vedoin uma vez no Congresso, no final de 2004 ou início de 2005, e disse que o empresário comentou que estava difícil executar as emendas feitas por Serys. "Eu disse: 'e daí?'. Depois do empenho nós não acompanhávamos mais a liberação do recurso", explicou. Neto também afirmou que em 2003, devido à posse dos senadores, Luiz Antonio Vedoin fez uma visita de cortesia ao gabinete da senadora Serys Slhessarenko.
Ele disse que esteve uma vez na sede da Planam, em Cuiabá (MT), a convite de Darci Vedoin, mas garantiu nunca ter negociado propina com os empresários. O ex-assessor disponibilizou seus sigilos bancários e telefônico ao Conselho para averiguação.
No fim, Neto tentou isentar a senadora de envolvimento com a fraude. "A Serys não admitia que prefeitos fizessem mau uso do dinheiro público. Ela disse que se descobrisse que prefeito fazia mau uso de dinheiro em seu nome, denunciaria ao Ministério Público", declarou. (Diego Moraes)
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