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Congresso em Foco
20/9/2006 10:56
Em entrevista ao programa Bom Dia Brasil, da TV Globo, o candidato à Presidência da República pelo PDT, Cristovam Buarque, disse que, caso seja eleito, irá terminar com dez ministérios e criar um. Ele anunciou que fechará o Ministério da Integração Nacional, mas não disse o nome dos outros. O senador também declarou que, hoje, existem muitos ministérios para cuidar das mulheres e dos negros.
"Por que não junta um no Ministério do Direito dos Povos? Mas eu não vou dizer agora que eu vou fazer isso, porque eu tenho que ter uma certa aceitação deles - e eles vão entender. É muito melhor um ministério forte dos Direito dos Povos do que essas secretarias pequenininhas que parecem penduricalhos".
Cristovam afirmou que tentará acabar com a reeleição. "A reeleição é um instrumento que induz à corrupção para viabilizar o segundo mandato. E eu proponho a acabar com a reeleição mais de uma vez até de senador e mais de duas vezes - ser só duas vezes - até de deputado. Para criar uma dinâmica, acabar com essa profissão de político, transformar político em função". Apesar de dizer que o fim da reeleição poderá ajudar no desenvolvimento do país, Cristovam voltou a dizer que "o que pode realmente fazer esse país um país ético é uma revolução na educação".
Durante a entrevista, Cristovam foi questionado sobre a nomeação de muitos petistas para trabalhar no governo Lula. Os jornalistas perguntaram se ele sabia dessa prática. Cristovam respondeu que 99% dos militantes não sabiam. "A imensa maioria do PT não sabia disso. Agora, o que me incomoda no PT de hoje é que se acomodou. Você não vê um militante do PT protestar contra o fato de que um de seus companheiros está fazendo essas coisas, como se acomodou também com um governo que não é mais transformador".
Sobre quem apoiar num eventual segundo turno, Cristovam assegurou que o PDT é quem irá decidir. "O PDT vai escolher e vai decidir. Um ou outro - ou nenhum, embora eu não goste de nenhum. Por que um ou outro? Dez, vinte anos atrás não existia isso, porque existia esquerda e direita. Então a gente sabia: estava com a esquerda. Mas, hoje, são tão iguais as propostas. Nem o Lula é de esquerda e nem o Alckmin é de direita. Então, eu acho que a gente vai poder optar por qualquer um dos dois.
Mesmo sem ser questionado sobre o assunto, o próprio Cristovam explicou o porquê do presidente Lula aparecer à frente nas pesquisas. "Porque eu acho que o povo está dizendo que é todo mundo igual. Antes se dizia "rouba, mas faz". Agora eles roubam, mas é um dos nossos, e fica tudo igual. Eu não comemoro essa tragédia, mesmo que eu viesse a ter proveito eleitoral. Eu acho lamentável".
Cristovam falou sobre sua política em relação ao salário-mínimo. O ex-ministro da Educação afirmou que o salário-mínimo não pode ser visto só como a parte monetária. "Tem que ver como salário-mínimo a melhoria da escola dos filhos do trabalhador, um sistema de saúde eficiente para o trabalhador. Melhor, às vezes, do que aumentar o valor monetário do salário-mínimo é aumentar o salário do professor e do filho dele. Sei que isso é muito difícil de passar. Aliás, todo o meu discurso, eu reconheço, é difícil de passar porque eu estou rompendo uma maneira de pensar as coisas. Todo mundo só pensa na moeda, no dinheiro".
Amanhã, o Bom Dia Brasil, que começa às 7h15, entrevista o presidente Lula.
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