A direção do PSDB quer mudar de estratégia para recuperar os pontos perdidos pelo candidato à Presidência pela legenda, Geraldo Alckmin. De acordo com reportagem da Folha de São Paulo, a idéia do partido é intervir nos estados para vincular as campanhas estaduais com a nacional. As críticas ao PT também devem ser aumentadas nos próximos programas eleitorais.
O partido pretende obrigar os candidatos a mostrar o nome de Geraldo Alckmin em suas propagandas e também aconselhou o candidato a fazer um programa mais duro e crítico em relação ao PT.
As mudanças são a resposta aos integrantes do PFL, partido do vice-presidente de Alckmin, José Jorge, que estão incoformados com a postura pacífica adotada pelo candidato.
Ontem, integrantes da cúpula pefelista decidiram verbalizar o descontentamento com o estilo do tucano depois que viram a ausência de ataques de Alckmin na propaganda na TV.
"Acho que o candidato tem todas as qualidades, mas quando fala à população é muito linear. Falta indignação. É preciso que se mostre mais indignado com a corrupção. Cada um tem seu estilo, mas acho que chegaria [a mensagem] mais fácil à população", disse o senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA).
O pefelista Cesar Maia, prefeito do Rio, também criticou o estilo de Alckmin: "O programa de TV tem de ser feito seguindo o estilo do candidato. Tem alguns candidatos que são agressivos e outros não. É esse o estilo dele e vai ser este até o fim", disse o presidente do PSDB, senador Tasso Jereissati (CE). "Não vou impor que Geraldo Alckmin fale como Antonio Carlos Magalhães. Ou que ACM fale como Alckmin", completou.
Segundo a reportagem, ao ser questionado sobre a pressão pefelista que vem sofrendo, Alckmin disse apenas que "sua primeira tarefa é mostrar quem é o candidato e que o contraditório virá".