A decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de rejeitar a candidatura à Presidência da República de Rui Pimenta (PCO) por ter entregue a prestação de contas da campanha de 2002 fora do prazo não foi condenada apenas pelo partido. Ao PSTU também desagradou a ação do tribunal.
Hoje, no horário eleitoral gratuito de TV, o PCO manifestou a indignação com a decisão. Além de disparar vários ataques ao tribunal, que, segundo o partido, teria tomado uma atitude que nem os militares na época da Ditadura foram capazes.
Essa não foi a primeira vez que o candidato sofreu censuras nessas eleições. Rui Pimenta foi o único presidenciável que não foi convidado para participar da série de entrevistas promovida pelo Jornal Nacional, da Rede Globo, e do debate realizado pela Rede Bandeirantes, na segunda-feira (14).
Essa é a nota, na íntegra, de solidariedade enviada ao PCO pela direção nacional do PSTU:
"Na noite desta terça-feira, 15 de agosto, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) impugnou a candidatura de Rui Costa Pimenta, do PCO, alegando que ele não apresentou as contas de sua candidatura na eleição de 2002. Trata-se de um ato arbitrário, contra o qual nos posicionamos de forma categórica.
Temos inúmeras diferenças com o PCO, como é bem conhecido. Mas, neste momento, queremos nos solidarizar com este partido e com seu candidato, contra a decisão do TSE.
Existe uma postura sistemática de boicote pela grande imprensa das candidaturas de esquerda, favorecendo uma falsa polarização entre Lula e Alckmin, candidatos que defendem o mesmo plano econômico neoliberal, a mesma corrupção.
A distribuição dos tempos de TV favorece estas candidaturas majoritárias, restando ao PCO e à Frente de Esquerda (PSOL, PSTU, PCB, que apóiam Heloísa Helena) pouco mais que um minuto cada. E é exatamente este pouco tempo que agora está sendo cassado pelo TSE, em uma manobra que repudiamos.
São Paulo, 16 de agosto de 2006.
Direção Nacional do PSTU"