Reportagem publicada na edição do jornal
Correio Braziliense de hoje (17) revela que um seleto grupo formado por 149 deputados federais e 24 ex-parlamentares empregou 600 afilhados em cargos de confiança, supostamente criados para assessorar órgãos técnicos da Câmara.
Segundo a matéria, de Fabíola Góis e Lucio Vaz, os afilhados políticos dão despesa extra de R$ 20 milhões por ano aos cofres públicos. Os salários pagos variam de R$ 1,9 mil a R$ 8,2 mil. Na folha de pagamento estão parentes de deputados, cabos eleitorais e até gente que nem vai trabalhar.
O primeiro-secretário da Câmara, o deputado Inocêncio Oliveira (PL-PE), por exemplo, é o autor do maior número de nomeações: 55. Em segundo lugar aparece
Ciro Nogueira (PP-PI), que apadrinhou 39, e em seguida Nílton Capixaba (PTB-RO), que nomeou 31 protegidos. O petebista é um dos parlamentares acusados de envolvimento com a máfia dos sanguessugas. O presidente do Conselho de Ética, Ricardo Izar (PTB-SP), indicou dois para a Procuradoria Parlamentar e um para o próprio Conselho de Ética.