Preso pela Operação Dominó da Polícia Civil na semana passada, o ex-secretário da Casa Civil de Rondônia, Carlos Magno Ramos (PPS), decidiu nesta terça-feira deixar o posto de vice na chapa do governador Ivo Cassol, que tenta a reeleição.
Em carta endereçada a Cassol, Magno justificou que renunciava "para não lhe causar maiores aborrecimentos de ordem política e pessoal". Acrescentou que tinha certeza que voltaria "redimido", pois alegava que sua vida pública sempre foi "pautada pela decência". Conclui a carta com uma declaração ao governador, jurando que nunca abusou ou não se fez merecedor da confiança que recebeu.
Até ontem, Cassol afirmava que não prejulgaria seu vice e que o manteria na chapa. Com as alterações, três nomes são cogitados para substituir Magno: a vice-prefeita de Porto Velho, Cláudia Carvalho, o empresário Mário Gonçalves Ferreira e a empresária Rita Furtado, dona de algumas rádios AM em Rondônia. Os três são filiados ao PPS.
A Operação Dominó, deflagrada pela Polícia Federal, deteve 24 pessoas suspeitas de terem desviado pelo menos R$ 70 milhões e de integrarem um esquema de venda de sentenças judiciais. Além de Carlos Magno, foram presos o presidente do Tribunal de Justiça, desembargador Sebastião Teixeira Chaves; José Carlos Vitachi, ex-procurador-geral de Justiça do estado; e o presidente da Assembléia Legislativa de Rondônia, deputado José Carlos de Oliveira.