Em entrevista à rádio Capital AM, no Palácio do Planalto, o presidente Lula afirmou que hoje o país vive uma combinação perfeita na macroeconomia. De acordo com Lula, a economia brasileira ficou praticamente 20 anos estagnada. "O Brasil hoje vive a mais perfeita combinação da macroeconomia. Tudo está confluindo de forma positiva", avaliou.
Em seguida, o presidente disse que a economia do país está a cada dia melhor. "Temos recorde de exportação, temos grande importação, superávit de balança comercial. Nós temos superávit em conta corrente, aumento de salário, aumento de emprego, temos a inflação controlada e o risco país estava em 214 pontos ontem, quando nós já chegamos a mais de 2 mil pontos", comentou.
Lula também afirmou que em um eventual segundo mandato, o governo irá promover o desenvolvimento com distribuição de renda, seguido de uma educação de qualidade. O presidente ainda fez uma comparação do seu governo com o de Fernando Henrique Cardoso. Declarou que, nos oito anos de mandato de seu antecessor, foi gerada uma média de 8 mil empregos mensais, e que no seu governo esta média seria de 103 mil empregos mensais.
"São empregos positivos, a diferença de quem sai e quem entra. Isso fez com que quase 5 milhões de pessoas já tivessem emprego de carteira profissional assinada, fora o trabalho que fizemos na agricultura familiar, que gera postos de trabalho, o empréstimo consignado e o microcrédito".
"Não falarei mal de ninguém"
Na entrevista, Lula ainda disse que, durante a propaganda eleitoral gratuita, não falará mal de ninguém. No entanto, ele ressaltou que não levará desaforo para casa. "Não falarei mal de nenhum candidato, não falarei mal de nenhum governo, não falarei mal de nenhuma pessoa, não levantarei denúncias contra ninguém. Agora, a única coisa que eu digo é a seguinte: não levarei desaforo para casa. Portanto, quem fala o que quer, ouve o que não quer".
Lula afirmou que já tem uma definição do programa que quer fazer. "Um programa em que a gente vai aproveitar para conversar com o povo brasileiro e mostrar as coisas que foram feitas, que, nem sempre, foram divulgadas com a dimensão que mereciam", comentou. Na avaliação do presidente, durante o seu mandato e em eleições anteriores, ele sempre se comportou "com toda a paciência do mundo" e nunca baixou o nível da campanha.
"Já falaram baixarias e mais baixarias, já disseram até que iam me bater e eu fiquei quieto (...) a minha campanha vai ser uma campanha como eu fiz a vida inteira. Eu já disputei muitas eleições, já fui atacado muitas vezes e, em nenhum momento, eu baixei o nível da campanha."