A senadora
Roseana Sarney (PFL) foi acusada hoje na Justiça eleitoral de ter utilizado material de propaganda impresso na gráfica do Senado em sua campanha ao governo do Maranhão. O autor da denúncia judicial, deputado estadual Aderson Lago, que disputa o governo maranhense pelo PSDB, disse que pediu o cancelamento do registro da candidatura de Rosena por se tratar de "crime eleitoral dos mais graves".
O suposto material de propaganda é um livreto com o Estatuto do Idoso, tendo na capa a foto de de uma Roseana sorridente e na contracapa a informação de que a publicação foi impressa em 2006.
Segundo Aderson Lago, o livreto foi distribuído pela militância da candidata pefelista na capital. O assunto foi manchete hoje nos jornais de São Luís, que reproduziram a capa do livreto e lembraram caso semelhante que resultou em processo de cassação contra o já falecido senador Humberto Lucena (PMDB-PB) em 1994. Lucena foi cassado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) naquele ano, mas uma lei aprovada pelo Congresso e sancionada pelo então presidente Fernando Henrique o anistiou.
"Ela não tem limites", afirma Aderson Lago. "Talvez isso tenha acontecido até por ignorância, já que ela pouco lê e quase nunca comparece ao Senado. Talvez, na sua cabeça, seja normal usar os recursos do Senado para fazer propaganda eleitoral".
A coordenação da campanha de Roseana nega a acusação. "É mentira. Por que ele (Aderson) não mandou fazer fotos dessa distribuição, já que todo mundo hoje tem um celular que tira fotografia?", questiona Sérgio Macedo, um dos coordenadores da campanha de Roseana. Ele argumenta que uma cartilha como essa não é material publicitário de campanha.
Aderson, no entanto, disse que, embora não existam fotos, há testemunhas da distribuição.