Na segunda-feira, a assembléia de credores da Varig rejeitou a proposta de compra feita pela VarigLog, além de um novo plano de recuperação para companhia. A VarigLog informou que recorrerá à Justiça para tentar impugnar os votos da GE Capital, empresa de leasing que teria sido a principal responsável pelo fato das mudanças no plano de recuperação da companhia aérea não terem sido aprovadas.
Na assembléia foi vetado o novo modelo de compra, que priorizava o pagamento das dívidas com o fundo de previdência dos funcionários, o Aerus, no valor de R$ 2,5 bilhões, e ainda créditos e penhores do Banco do Brasil, de cerca de R$ 17 milhões.
A oferta prévia ainda apresentava a indicação de gestores judicial e fiduciário das debêntures (título de renda fixa emitido por sociedade anônima para tomar empréstimo no mercado) que seriam emitidas por uma Sociedade de Propósito Específico, como forma de gerir os recursos da antiga Varig, empresa que herdaria as dívidas. Então, a antiga Varig continuaria operando com a marca Nordeste Linhas Aéreas.
A herdeira das dívidas teria apenas 50 empregados e a expectativa era de um fluxo de caixa de R$ 19,1 bilhões em 2007. De acordo com o planejamento, a Nordeste chegaria a 2016 com um fluxo de R$ 40,9 milhões.
Segundo a VarigLog, a empresa continuará fazendo depósitos para bancar as despesas correntes da companhia aérea até que seja resolvida a questão. Até o momento, já foram liberados US$ 14 milhões, de um total de US$ 20 milhões de adiantamento previstos pela proposta de compra.
Sem a aprovação de um plano de recuperação, o caminho natural será a falência, mas a Justiça ainda não se pronunciou sobre a decisão.