O candidato do PSDB à Presidência, Geraldo Alckmin, negou neste domingo, em entrevista no aeroporto de Guarulhos (SP), pouco antes de embarcar para a Europa, que a situação dos presídios paulistas esteja fora do controle do governo do Estado.
Alckmin classificou o índice de fugas registrado neste ano (0,13% da população carcerária) como "um número europeu". Nas penitenciárias de segurança máxima de Presidente Bernardes, Avaré e Taubaté, o número de fugas foi "zero" neste ano, afirmou o tucano.
Segundo estatísticas da Secretaria da Administração Penitenciária, citadas pelo jornal Folha de S.Paulo de hoje, o número de rebeliões passou de 13, em 2000, para 33, em 2001 (início da gestão Alckmin no governo paulista). Em 2004, desceu para quatro e voltou a crescer em 2005, com 13 casos - dados de 2006 não estão disponíveis na internet.
Em maio, na maior ofensiva da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) contra as forças de segurança do Estado, a imprensa apontou 82 rebeliões simultâneas em presídios paulistas. O número de mortes (causas naturais, suicídios e assassinatos) no sistema penitenciário paulista saltou de 327, em 2003, para 415, em 2005.
O controle das fugas, explorado pelo candidato na entrevista, é confirmado pelos dados. Os casos baixaram de 510 (0,75%), em 2001, para 138 (0,11%) em 2005.
Alckmin deve se encontrar nesta segunda-feira em Lisboa com o presidente de Portugal, Aníbal Cavaco Silva, e com o primeiro-ministro português, José Sócrates Carvalho Pinto de Sousa. Amanhã, a reunião é com o presidente da Comissão Européia, José Manuel Durão Barroso.