Pela primeira vez em um ano, o índice utilizado pelo governo para determinar a inflação oficial do país, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), recuou 0,21% em junho, desacelerando 0,31 ponto percentual em relação a maio, quando registrou alta de 0,10%.
O primeiro semestre do ano fechou com 1,54%, resultado inferior ao do mesmo período do ano passado (3,16%). Nos últimos doze meses, o acumulado ficou em 4,03%, abaixo da taxa de 4,23%, registrada nos doze meses imediatamente anteriores. Em junho de 2005, o índice ficou em -0,02%.
Os maiores responsáveis pelo recuo do índice foram o álcool e a gasolina. O preço do litro do álcool ficou 8,77% mais barato para o consumidor. A gasolina, com 20% de álcool em sua mistura, passou a custar menos 1,60%. Os remédios também contribuíram na redução do índice de um mês para o outro, desacelerando de 1,41% para 0,21%.
Quanto aos índices regionais, apenas Recife (0,21%) e Belo Horizonte (0,15%) não mostraram deflação. Brasília (-0,69%) registrou o mais baixo resultado. Em São Paulo, o IPCA recuou 0,30% em junho.
O IPCA é calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), comparando os preços coletados no período de 30 de maio a 27 de junho com os preços vigentes no período de 28 de abril a 29 de maio. A comparação usa como referência nove regiões metropolitanas do país, além do município de Goiânia e de Brasília.