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Grampo telefônico revela negociação de sanguessugas

Congresso em Foco

20/5/2006 | Atualizado às 15:41

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Grampos telefônicos feitos pela Polícia Federal (PF) na Operação Sanguessuga revelam que gabinetes de deputados chegavam a funcionar como pequenos escritórios comerciais do esquema, segundo reportagem de Sônia Filgueiras, de O Estado de S. Paulo.

Os diálogos mostram que parlamentares acusados de receber propina do esquema de venda de ambulâncias superfaturadas ajudavam também a difundir o negócio nas prefeituras sob sua influência eleitoral. Um exemplo disso, segundo a matéria, está nas conversas registradas pela PF que mencionam o deputado Marcos Abramo (PP-SP).

Os grampos demonstram que um funcionário do gabinete de Abramo, em Brasília, era encarregado de ajudar a intermediar contatos entre os empresários que vendiam as ambulâncias, e os prefeitos interessados em comprá-las. As conversas indicam que os contatos eram feitos antes das licitações para compra dos veículos, e que o interesse do gabinete era favorecer as empresas ligadas ao esquema, fraudando a concorrência.

Abramo está no grupo de 16 deputados investigados formalmente por uma comissão de sindicância da Câmara por suspeita de ter recebido, direta ou indiretamente, dinheiro do esquema.

Em um dos diálogos encaminhados pela PF à comissão, a contadora de uma entidade filantrópica do interior de São Paulo que receberá uma ambulância, identificada como "Jô", conversando com Alessandro (representante comercial da Planam, preso na operação), diz que Abramo "fica em cima" quando vai "entrar dinheiro" (das emendas Orçamentárias, para pagar ambulâncias comprada pelo esquema). E conta que foi pressionada a antecipar o pagamento de um dos veículos que seriam entregues, antes da liberação dos recursos orçamentários, mas se recusou, e completa: "Quem brigou foi o deputado Marcos Abramo. (...) O deputado quer a parte dele".

No caso do deputado Maurício Rabelo (PL-TO), outro integrante da lista dos 16 investigados, há uma gravação ainda mais explícita, segundo a reportagem. Em uma conversa, Luiz Antônio Vedoin, um dos sócios da Planam, empresa que montava e vendia as ambulâncias às prefeituras, orienta um interlocutor a sacar R$ 20 mil e entregar a "Luiz", do gabinete do deputado.

Mas há diálogos comprometedores também envolvendo parlamentares que não estão entre aqueles investigados pela corregedoria. Um deles é o deputado licenciado Lino Rossi (PP-MT). Em uma conversa gravada entre o próprio Rossi e o empresário Darci Vedoin, dono da Planan e identificado pela PF como chefe do esquema, o deputado orienta o empresário a ligar para uma pessoa da Assembléia Legislativa do Mato Grosso. A instituição está interessada em comprar ambulâncias. "Liga lá que deve ser um negócio bom", reforça Rossi, demonstrando intimidade com Darci. O nome do deputado está em um arquivo de "contas a pagar" gravado nos computadores da Planam, e é suspeito de ter levado propina do esquema.

O deputado Neuton Lima (PTB-SP) também está na lista dos suspeitos de receberem dinheiro desviado da compra de ambulâncias. Em um diálogo entre o empresário Darci e seu sócio e filho Luiz Antônio, o filho diz, a respeito do deputado: "Tirei dez (R$ 10 mil, segundo a PF) do Ronildo (Medeiros, outro empresário do esquema, também preso) e mandei para ele."
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