O líder do governo na Câmara, deputado
Arlindo Chinaglia (PT-SP), articulou hoje uma reunião da base aliada para discutir medidas que possam evitar a divulgação de novas listas com nomes de parlamentares supostamente envolvidos na compra superfaturada de ambulâncias. O esquema foi investigado pela Polícia Federal na Operação Sanguessuga.
Entre as propostas está a possibilidade de o presidente da Câmara, Aldo Rebelo (PCdoB-SP), chamar um representante do Ministério Público, um do poder Judiciário e outro da Polícia Federal para apurarem quem vazou a lista com os nomes de 80 deputados e um senador apontados pela ex-funcionária do Ministério da Saúde Maria da Penha Lino como integrantes do esquema de desvio de recursos do Orçamento para a compra de ambulâncias.
Outra proposta é pedir a que Aldo defenda a imagem da Câmara em cadeia nacional de rádio e TV. Aldo está no exterior em viagem oficial e só retorna na próxima semana ao Brasil.
"Existe uma preocupação à medida em que as listas têm muita inconsistência, deixam uma imagem ruim para a Câmara", justificou Chinaglia. "Acho necessário que a Câmara se pronuncie para que a sociedade saiba pela nossa voz o que pensamos a respeito."
Os líderes também vão sugerir ao presidente da Câmara que converse com os responsáveis pelas investigações para que nomes de deputados e senadores supostamente envolvidos só sejam divulgados depois de aprofundadas as investigações.
"Vamos pedir que o Ministério Público faça uma representação contra os parlamentares que julgar envolvidos no esquema. O que não pode é a cada momento surgir uma nova lista", condenou.