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Ministério e parlamentares afastam servidores presos

4/5/2006
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O senador Ney Suassuna (PMDB-PB) exonerou nesta tarde o assessor Marcelo Cardoso Carvalho, preso hoje de manhã durante a Operação Sanguessuga da Polícia Federal. Ao todo, foram detidas 46 pessoas, entre assessores, colegas e parentes de parlamentares, além do filho da deputada Edna Macedo (PTB-SP), Otávio José Bezerra, de 31 anos. A operação da PF desmontou uma quadrilha envolvida em esquema para aquisição fraudulenta de ambulâncias, a partir da apresentação de emendas parlamentares no Congresso. A PF calcula que tenham sido desviados R$ 50 milhões dos cofres públicos. O senador disse, por meio da assessoria, que ficou surpreso com o envolvimento de seu funcionário no caso e vai mantê-lo afastado até o fim das investigações. Carvalho vai responder por corrupção passiva, crime contra ordem tributária, fraude em licitação, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha. Além de Suassuna, outros parlamentares decidiram exonerar funcionários acusados de participação no esquema de compra ilegal de ambulâncias. O deputado João Mendes (PL-RJ) exonerou o assessor parlamentar Régis Moraes Galheno, outro envolvido com a quadrilha. Ministério também demite O Ministério da Saúde divulgou nota informando que também pediu a exoneração de todos os funcionários envolvidos no superfaturamento das ambulâncias. Das pessoas envolvidas, apenas uma era do quadro do ministério: Cassilene Ferreira dos Santos, que terá de responder a processo administrativo, perderá a gratificação e deverá ser exonerada. Outro funcionário, Jairo Langoni de Carvalho, foi demitido no final do ano passado. Maria de Penha Lino, assessora do ministro Jorge Agenor Álvares da Silva, e apontada pela PF como uma das principais articuladoras do esquema, já teve o ato de exoneração expedido. Não demitiram Os congressistas que não demitiram assessores presos na operação da PF deram explicações durante a tarde. A assessoria do deputado Vieira Reis (PRB-RJ), cujo assessor Cristiano de Souza Bernardo está entre os envolvidos na fraude, informou que o deputado está procurando mais informações para saber o que aconteceu. Cristiano, segundo informações da assessoria, já trabalhava na Câmara antes de Vieira Reis assumir o mandato em 2003. A assessoria do deputado Maurício Rabelo (PL-TO) informou que Luiz Carlos Moreira Martins, outro preso, não tem vínculo com seu gabinete. Segundo a assessoria de Rabelo, Martins é consultor autônomo que atua na Câmara prestando serviços para diversos gabinetes e já prestou serviços ao parlamentar. A assessoria do deputado Nilton Capixaba (PTB-RO) informou que o parlamentar está próximo à fronteira com a Bolívia, em local de difícil comunicação, e ainda não foi informado sobre a prisão de seu assessor Francisco Machado Filho. O deputado Benedito Dias (PP-AP) afirmou que Erik Janson Sobrinho de Lucena, inicialmente citado como seu assessor parlamentar e também preso, não trabalha mais com ele "há mais de três anos". Segundo a PF, Lucena seria empresário. O deputado Pastor Pedro Ribeiro (PMDB-CE) disse que Adarildes Costa, presa na operação da PF, trabalha com ele há quase sete meses. "Estou convicto que qualquer coisa que ela tenha feito, que eu não sei o que foi, não teve nada de escuso com o gabinete", disse Pedro Ribeiro. A deputada Elaine Costa (PTB-RJ), cujos assessores Marco Antonio Lopes e Nívea Martins de Oliveira também foram presos na operação da PF, está de licença médica. No gabinete do deputado Eduardo Seabra (PTB-AP), a informação era que ele tinha viajado e que tentariam um contato com ele amanhã.
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