Um grupo de deputados do PMDB e o governador de Sergipe, João Alves Filho (PFL), visitaram o pré-candidato do PMDB à Presidência da República, Anthony Garotinho, que está em greve de fome desde o último domingo na sede regional do PMDB, no centro do Rio de Janeiro. Os companheiros de legenda foram pedir ao ex-governador do Rio que desista do protesto, que hoje, entrou no quarto dia.
A governadora do Rio de Janeiro e mulher de Garotinho, Rosinha Matheus, avisou ontem na reunião da Executiva Nacional do partido que o ex-governador vai levar o protesto às últimas conseqüências. Um empresário do interior de São Paulo chegou a oferecer um funeral gratuito a Garotinho.
A greve de fome começou depois que diversos veículos de comunicação, como o jornal O Globo e a revista Veja, publicaram reportagens denunciando irregularidades nas doações de dinheiro para a pré-campanha de Garotinho à Presidência.
As reportagens apontaram a existência de uma suposta ligação entre os doadores e contratos de prestação de serviços com o governo do Rio, administrado por Rosinha Matheus. Além disso, o dinheiro teria sido doado por empresas sediadas em endereços fantasmas.
Lúcido e orientado
Segundo o boletim médico do doutor Abdu Neme Jorge Makhluf Neto, divulgado hoje, o estado de saúde de Garotinho é "estável". Depois de quatro dias sem comer, o ex-governador permanece "lúcido e orientado". De acordo com Abdu, ele apresenta uma leve desidratação, mas as funções cardiovasculares não tiveram alterações. Garotinho já perdeu 2,6 kg.
Oferta de funeral
Um empresário gaiato de Sorocaba (SP) chegou a oferecer um enterro de graça a Anthony Garotinho. Arany Marchetti, dono de uma funerária, classificou a greve de fome do ex-governador como uma "palhaçada". "Já que ele quer aparecer, estamos dando uma contribuição", completou o empresário.