O estilista Rogério Figueiredo, que afirma ter doado 400 vestidos à ex-primeira-dama de São Paulo Lu Alckmin, será ouvido hoje pelo Ministério Público paulista. A mulher do pré-candidato à Presidência pelo PSDB reconheceu ter recebido 40 peças de roupa do estilista. Disse ainda, por meio de sua assessoria, ter repassado os presentes a entidades sociais. Ela é investigada por suposta prática de improbidade administrativa.
Rogério Figueiredo disse, em entrevistas recentes, ter vestido a então primeira-dama sem cobrar por qualquer uma das supostas 400 peças de roupa, a maioria vestidos. Ele se disse ressentido de Lu Alckmin ter passado a fazer compras na sofisticada loja Daslu, onde a filha do ex-governador trabalhava.
O estilista também tem uma loja luxuosa, de 800 metros quadrados, nos Jardins, bairro nobre de São Paulo. Os preços das peças são altos. Um conjunto simples de inverno, de saia e casaco, custa cerca de R$ 2.300. Estima-se que as doações a dona Lu, se confirmadas, ultrapassem R$ 2 milhões. Segundo ele, as doações à ex-primeira-dama foram feitas por quase cinco anos, de 2001 a 2005.