Em depoimento à CPI dos Bingos, a vice-presidente de Tecnologia da Caixa Econômica Federal, Clarice Coppetti, afirmou que o ex-presidente da instituição Jorge Mattoso não revelou a ninguém do banco de quem recebeu a informação de que haveria "movimentações atípicas" na conta poupança do caseiro Francenildo Santos.
A entrada de R$ 25 mil na conta do caseiro, que recebe R$ 700 por mês, foi, segundo ele, o motivo que o levou a ordenar a retirada do extrato bancário do rapaz que contradisse o ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci. De acordo com Clarice, o ex-presidente do banco não assumiu, perante a diretoria, a responsabilidade pela quebra do sigilo do caseiro. "Eu não participei de nenhum ato de divulgação de informação de cliente da Caixa", disse Clarice.
A vice-presidente de Tecnologia participou, na semana passada, da reunião entre três senadores da CPI dos Bingos e demais membros da diretoria da Caixa em que se instaurou uma sindicância para apurar o vazamento dos dados bancários. Na ocasião, ela disse que a instituição precisaria de 15 dias para apontar o responsável pela quebra do sigilo.
Clarice também está sendo ouvida sobre a renovação do contrato da multinacional Gtech com a Caixa e a utilização de casas de bingos na lavagem de dinheiro.