É falsa a assinatura que aparece como sendo a do ex-presidente do PT Tarso Genro na representação contra o deputado Onyx Lorenzoni (PFL-RS) encaminhada pelos petistas ao Conselho de Ética. A fraude foi apontada em laudo do Instituto de Criminalística da Polícia Civil do Distrito Federal divulgado nesta segunda-feira.
O laudo, com dez páginas, foi assinado pelas peritas Ivete Silva Rocha e Albaniza Montenegro. Elas concluíram que "as assinaturas são falsas e obtidas por processo de imitação". O processo pode ser arquivado depois dessa constatação da Polícia Civil. O laudo foi feito a pedido do Conselho de Ética.
Em outubro do ano passado, Lorenzoni acusou o ex-ministro José Dirceu de ter feito um empréstimo de R$ 14 mil junto ao PT sem declará-lo à Receita Federal. Depois, constatou-se que o dinheiro era, na verdade, um adiantamento de salário feito na época em que o ex-ministro era presidente do partido.
A Direção Nacional do PT decidiu entrar com uma representação contra o pefelista no Conselho. O documento deveria ter sido assinado pelo então presidente da legenda, Tarso Genro, que na ocasião estava em São Paulo. Mesmo assim, o documento foi protocolado com a assinatura dele.
Na semana seguinte, a revista Veja submeteu cópia do documento ao exame de um perito, que constatou diferenças entre a assinatura do documento e a grafia de Tarso.
Dias depois, o deputado petista Wasny de Roure (DF) admitiu que, no dia em que a representação foi encaminhada ao Conselho, estava em audiência num ministério e foi chamado às pressas para voltar à Câmara. Porém, não confirmou ter assinado o documento.