O deputado Professor Luizinho (PT-SP), cuja perda do mandato acaba de ser recomendada pelo deputado Pedro Canedo (PP-GO) no Conselho de Ética, disse que o relator mudou o voto porque sofreu muita pressão política. Luizinho disse ter ficado estarrecido com o recurso de Canedo, e afirmou que o voto contradiz o relatório.
"Foi uma pressão absurda. É óbvio que foi pela pressão política que ele mudou o relatório. Eu estou estarrecido, o voto contradiz o relatório. É uma arbitrariedade, uma violência. Não se pode dar a mesma pena de morte a quem bate carteira e pra quem é assassino", reclamou Luizinho.
Perguntado se estava se comparando a um batedor de carteira, Luizinho tentou se explicar: "Não, não, quem passa na rua pode se confundir, eu fui confundido."
A decisão sobre a cassação de Luizinho foi adiada por duas sessões plenárias. As deputadas Angela Guadagnin (PT-SP) e Neyde Aparecida (PT-GO) pediram vista do relatório. Professor Luizinho foi incluído no relatório da CPI dos Correios porque um ex-assessor de seu gabinete recebeu R$ 20 mil das contas do empresário Marcos Valério de Souza em 2003. Canedo recomendou a cassação do deputado argumentando que ele intermediou o recebimento da verba. Correligionária de Luizinho, Angela Guadagnin discorda da gravidade da pena imposta ao petista.