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Roriz: "Partilha de dinheiro não foi coisa pública"

Congresso em Foco

26/10/2007 | Atualizado 8/2/2008 às 19:43

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Ao chegar na tarde de hoje (26) à Delegacia de Combate ao Crime Organizado do Distrito Federal (Deco) para prestar depoimento sobre o suposto esquema de desvio de dinheiro no Banco Regional de Brasília (BRB), o ex-senador Joaquim Roriz (PMDB-DF) se defendeu das acusações. Declarou que a partilha de dinheiro desvendada por meio de escuta telefônica legal, em junho deste ano, dizia respeito a “operação particular”. Para Roriz, como fora realizado entre ele e um empresário, o negócio não se referia a “questões públicas”.

“Sendo privada, não é crime”, alegou Roriz, sem esclarecer a origem do dinheiro envolvido na partilha (R$ 2,2 milhões, segundo investigações da Polícia Civil do DF).

Em meados deste ano, o ex-senador foi flagrado em escuta telefônica autorizada pela Justiça na qual combina com o ex-presidente do BRB Tarcísio Franklin de Moura uma partilha de R$ 2,2 milhões, que seria feita no escritório de Nenê Constantino, dono da empresa aérea Gol. Acusado de quebra de decoro parlamentar, Roriz deixou o cargo de senador em 4 de julho, num já antológico discurso de renúncia proferido na tribuna do Senado, quando chegou a erguer as mãos para os céus em nome de sua “honra”.

Ele chegou à Deco por volta das 13h de hoje e ficou por cerca de cinco horas reunido com a delegada responsável pelo caso, promotores públicos e seu advogado. O depoimento foi fechado à imprensa.

Ao chegar à delegacia, Roriz foi lacônico. “Não vou dizer nada. Só vou dizer que não tem nada a ver, [a partilha] foi uma operação particular. É particular, está provado que é particular, não tem nada a ver com dinheiro público”, desconversou.

Ao fim do depoimento, Roriz parecia mais eloqüente. “Gostaria de dar mais detalhes, mas este inquérito está sob sigilo. A única coisa que posso lhes garantir, que ficou muito claro e definitivo, é que tudo o que aconteceu foi questão de comerciação (sic) de um empresário, portanto uma operação privada”, argumentou.

Perguntado sobre a razão de ter renunciado, uma vez que tinha certeza do caráter “privado” de seus negócios com Constantino, Roriz deu uma explicação reticente. “Por que renunciei? Para evitar que vocês mesmos colocassem na imprensa”, disse, para em seguida dar alguns sinais do que o teria levado a renunciar ao cargo. “Sou governador há 14 anos, e fiquei profundamente angustiado com pessoas lá dentro do Senado que estavam montando um complô contra mim.”

O Congresso em Foco conversou com representantes da delegacia, mas eles afirmaram que não poderiam revelar o conteúdo dos depoimentos.

Grampo

Nenê Constantino, começou a prestar depoimento na delegacia depois de Roriz. O empresário chegou nervoso ao local. Ao descer do carro e perceber a presença de fotógrafos, pegou uma pedra e partiu pra cima do repórter fotográfico Alan Marques, da Folha de S.Paulo (isso depois de ter dado um tapa na câmera do fotógrafo). Ao perceber que seria agredido, o repórter saiu correndo – motivo pelo qual Constantino não atirou a pedra. Ele chegou ainda a ameaçar jornalistas que cobriam o depoimento.

O grampo telefônico que revelou as conversas entre Roriz e Franklin foi um dos instrumentos de investigação da Operação Aquarela, deflagrada pela Polícia Civil do Distrito Federal, que desbaratou o esquema de desvio de dinheiro no BRB.

Roriz se defendeu das acusações com o argumento de que teria pedido um empréstimo de R$ 300 mil a Constantino para comprar uma bezerra, e também para ajudar um primo. Segundo Roriz, o valor teria sido descontado de um cheque de R$ 2,2 milhões assinado pelo dono da Gol.

Compadrio

As relações entre Roriz e Constantino extrapolam as partilhas de dinheiro entre compadres. Reportagem da Folha de S.Paulo publicada em julho deste ano revela que Roriz, no exercício de seus mandatos como governador no DF (1988 a 1990; 1991 a 1994; e 1999 a 2006, quando foi reeleito), havia beneficiado empresas controladoras do transporte público no DF, entre as quais viações pertencentes à família de Nenê Constantino.

Segundo a reportagem, o ex-governador do DF teria impedido a realização de licitações regulares, como prevê a lei, permitindo que três famílias – entre elas a de Constantino – detivessem o controle de cerca de 80% das concessões locais de transporte urbano. O favorecimento teria sido feito à revelia de uma decisão judicial e de recomendações do Ministério Público.

A situação de Roriz se complicou com as denúncias, veiculadas na imprensa, de que ele teria tentado oferecer parte dos R$ 2,2 milhões da partilha como suborno para juízes do Tribunal Regional Eleitoral (TRE). Os magistrados investigavam Roriz em processo aberto contra ele nas eleições do ano passado. (Fábio Góis)

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