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Congresso em Foco
31/5/2007 | Atualizado às 14:43
O presidente da Gol, Constantino de Oliveira Júnior, negou que o espaço aéreo brasileiro seja inseguro e pediu mais investimentos em infra-estrutura. No depoimento de mais de três horas na CPI do Apagão Aéreo, na Câmara, ele foi bastante elogiado pelos deputados, que fizeram fila para cumprimentá-lo após a sessão.
A necessidade de se investir mais no sistema aéreo foi um dos raros momentos de crítica de Constantino, que pediu ainda um “alinhamento dos agentes do sistema”. “É importante que os agentes falem a mesma língua, atuem para a segurança do vôo. Tenho acompanhado as comissões e os debates sobre o tema e percebi que isso não existe”, disse.
Constantino, no entanto, não eximiu as empresas do papel de também preservar pela segurança de vôo. Ele fez um rápido apanhado do sistema aéreo desde 2001, quando a Gol foi criada. Disse que o mercado cresceu cerca de 15% nos últimos anos, “duas vezes o PIB brasileiro”. “Ninguém esperava que o setor cresceria tanto”.
Indagado se o modelo de gestão da Gol (custo baixo, tarifa barata) não teria contribuído para o caos aéreo, o presidente da companhia explicou que a empresa utiliza a estratégia há pelo menos três anos, e a crise pegou o setor há “seis meses”. No entanto, verifica-se problemas no tráfego aéreo desde o acidente com o avião da Gol, quando morreram 154 pessoas, em setembro do ano passado.
Este, contudo, foi um dos pontos que Constantino Júnior fez questão de corrigir. Quando o deputado Vanderlei Macris (PSDB-SP) falou sobre o “acidente com o avião da Gol”, logo foi corrigido pelo executivo: “Não foi um acidente com o avião da Gol; foi um acidente que vitimou o avião da Gol”, disse, referindo ao choque com o jato Legacy.
Amanhã (1), pela manhã, os deputados da comissão voltam a se reunir para discutir medidas que serão encaminhadas à Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), para que os usuários tenham melhor atendimento nos aeroportos.
Barrinhas de cereal
Fora a crise aérea, houve até crítica em relação ao lanche servido pela companhia aérea. A intervenção foi do deputado Vic Pires Franco (DEM-PA), que deixou Constantino Júnior visivelmente constrangido. Pires Franco pediu que a Gol mude a barra de cereal servida durante os vôos, acompanhada de um pacote de amendoim e de um copo de suco ou refrigerante.
“Não teria como o senhor mudar a barrinha de cereal”, declarou, para espanto de todos na comissão. “Também sou consumidor, tenho o direito de reclamar”. Ele sugeriu ainda, se a barra for mantida, trocar o sabor de banana por de cupuaçu, fruta típica do Pará.
Constantino agradeceu a sugestão e explicou que a barra de cereal faz parte de uma filosofia estratégica da Gol. “É um produto saudável”, disse. (Lucas Ferraz)
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