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Documento de Tarso provoca crise no PT

Congresso em Foco

3/2/2007 | Atualizado 4/2/2007 às 9:44

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A uma semana de comemorar 27 anos de existência, o PT deverá entrar em mais uma crise interna, segundo reportagem do colunista da Folha de S.Paulo, Josias de Souza. O documento escrito por Tarso Genro, diz o texto, chama-se Mensagem ao Partido e nele  o ministro das Relações Institucionais "desanca o Campo Majoritário -tendência que comanda a legenda-, ressuscita a crise do mensalão e volta a esgrimir a tese de que só uma refundação autêntica recolocará nos trilhos o partido de Lula".

Leia a o restante da íntegra da reportagem:

Abespinhados, líderes do “Campo Majoritário” pintaram-se para a guerra. A reação é comandada pelo presidente do PT, Ricardo Berzoini, cuja substituição é insinuada no texto de Genro. O contra-ataque virá na forma de um segundo documento. A redação final foi confiada a Marco Aurélio Garcia, devolvido à assessoria internacional de Lula depois de ter substituído Berzoini na presidência do partido durante a crise do dossiêgate.

A batalha dos documentos desaguará na próxima reunião do diretório nacional do PT. Será realizada em Salvador (BA), no dia 10 de fevereiro. Na noite da véspera, também na capital baiana, o PT festejará o 27º aniversário de sua fundação, num jantar com a presença de Lula. O presidente observa a encrenca à distância. Nos subterrâneos, dá corda a Tarso Genro. Mas evita envolver-se diretamente no arranca-rabo.

O documento de Tarso Genro está em sua terceira versão. A penúltima tinha cinco laudas. A última, que incorpora contribuições de luminares de correntes mais à esquerda do petismo, tem sete folhas. Foi vazada em termos ácidos. Afirma que o PT ainda não superou a crise ética que rói a sua reputação desde 2005. Uma crise, anota o documento, “de corrupção ética e programática.”

Não foi, nas palavras de Genro, algo “apenas conjuntural.” Não decorreu “apenas de desvios comportamentais.” Tampouco resultou de “meros abusos de poder e de confiança.” Foi provocada por “um modo de construção eleitoralista”, e pelo afastamento do PT “das organizações de base e do mundo do trabalho” e “da utopia socialista.”

O nome de José Dirceu (PT-SP) não é mencionado uma única vez. Tarso Genro chega mesmo a anotar que suas constatações não visam “incriminar indivíduos”. Mas a sombra do deputado cassado, chefe da “quadrilha dos 40”, nas palavras do procurador-geral da República Antonio Fernando de Souza, perpassa o texto do ministro. Dirceu é sócio fundador do “Campo Majoritário”.

É ele o dínamo de uma crise que, para Genro, o PT “ainda não superou”. Na gênese do tufão, o ministro enxerga “a hegemonia absoluta de um núcleo dirigente que ditava as regras partidárias” em processo decisório “alheio às instâncias do partido.” A “grave crise ética e política”, escreve Genro, chega mesmo a “ameaçar a sobrevivência do PT.”

Para superar a crise, além da substituição da atual direção do PT, o ministro defende a formação do que chama de “novo campo político” no interior do PT. Uma maioria partidária capaz de oxigenar as relações internas e restabelecer o diálogo entre as diferentes tendências abrigadas sob o guarda-chuva da legenda. Como antídoto contra as “verbas não contabilizadas” da era Delúbio Soares, prega que o partido volte a se financiar “predominantemente” com as contribuições de seus filiados.

Nesta sexta-feira (2), em visita a São Paulo, o governador petista da Bahia, Jaques Wagner, anfitrião dos festejos do aniversário da legenda e da reunião do diretório da próxima semana, cruzou, no aeroporto, com Marco Aurélio Garcia. Foi informado de que o texto de Genro, entalado na garganta dos atuais gestores do PT, terá uma resposta à altura. Marco Aurélio encaminhava-se justamente para um encontro do "Campo Majoritário", alvo de Genro. Acontece neste sábado (3), em São Roque (SP).

A guerra de textos revive a atmosfera do segundo semestre de 2005. Uma época em que, nas pegadas do mensalão, Genro trocou o Ministério da Educação pela presidência interina do PT. Substituiu a José Genoino, cuja reputação fora sugada pela crise. Tentou, “refundar” o PT em meio à tormenta. Foi esmagado pelo grupo de José Dirceu. Tenta agora o revide.

Ao ler o texto de Genro, Dirceu disse a um petista de sua confiança que o ministro vai grudar à sua biografia mais uma coça. Do resultado do enfrentamento depende o futuro do PT. Um futuro que a legenda tentará desenhar num Congresso partidário programado para julho.

 

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