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Congresso em Foco
5/1/2007 6:49
As ocupações de terra cresceram 17% em 2006 em comparação ao ano anterior. De acordo com relatório divulgado ontem pela Ouvidoria Agrária Nacional, até novembro, último mês coberto pelas estatísticas oficiais, ocorreram 259 ocupações em todo o país. Na comparação dos quatro anos do primeiro mandato do presidente Lula, este foi o segundo maior índice, superado apenas pelo de 2004. O relatório da ouvidoria também revela que o menor volume de ocupações ocorreu em outubro, numa espécie de trégua dos sem-terra para não prejudicar a reeleição de Lula.
Em 2006, entre julho e outubro, ocorreram 47 invasões de terra, contra 76 no mesmo intervalo de 2005, 59 em 2004 e 85 em 2003, segundo a Ouvidoria, órgão subordinado ao Ministério do Desenvolvimento Agrário.
"Nunca existiu uma trégua, e sim uma constatação de que em período eleitoral não há com quem negociar terra nos estados. Todos [governos estaduais e federal] estão envolvidos nas eleições", disse Marina dos Santos, da coordenação nacional do MST, à Folha de S. Paulo. Segundo ela, a participação oficial do movimento na campanha de Lula ocorreu apenas no segundo turno da disputa, em outubro passado.
O relatório indica que o mês com maior número de casos – entre janeiro e novembro – foi março, com 69 registros. O Movimento dos Sem-Terra (MST) aparece como a organização com maior abrangência e influência no país, à frente de 90 ocupações, além de ter co-participação em ações com outras entidades.
O Movimento de Libertação dos Sem-Terra (MLST), envolvido no episódio do quebra-quebra do Congresso, em junho do ano passado, encabeçou 17 ocupações.
O relatório da ouvidoria também revela que ocorreram 78 mortes, das quais apenas 7 teriam sido decorrentes de conflitos agrários. Este número pode aumentar, uma vez que em 46 casos ainda não foi definido o motivo das mortes.
O Pará encabeça a lista dos Estados mais violentos, com quatro mortes. Em seguida aparecem Pernambuco, Rondônia e Minas Gerais, informa o jornal O Estado de S. Paulo.
Os números da ouvidoria contrastam com os da Comissão Pastoral da Terra (CPT), que também produz relatórios sobre a questão agrária. Segundo a instituição católica, no ano passado ocorreram 30 mortes em decorrência dos conflitos.
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