Reportagem da revista Veja investigou porque o presidente Lula continua tão forte no Nordeste depois de quatro anos de governo. No segundo maior colégio eleitoral do Brasil, de acordo com a última pesquisa do instituto Datafolha, Lula aumentou de 63% para 65% na preferência dos nordestinos. Enquanto o candidato tucano, Geraldo Alckmin, manteve-se nos 13%. Ou seja, o petista tem cerca de 22 milhões de votos contra 4 milhões de Alckmin.
A reportagem identificou o segmento do eleitorado nordestino cujo voto, em última instância, poderá definir o resultado da eleição. São 24 milhões de pessoas com nível médio completo e renda familiar mensal de menos de R$ 700. Dentro desse contingente, o grupo mais expressivo é composto de mulheres com até 44 anos (8,5 milhões de eleitoras, que corresponde a 25% do eleitorado nordestino).
Por fim, chegou-se à conclusão de que o expressivo eleitorado nordestino se identifica com a origem humilde de Lula e ainda acredita ser ele um homem do povo.
Essa será a primeira vez, desde a redemocratização em 1985, que o Nordeste assumirá posição tão decisiva no resultado final de uma eleição. Isso porque na região nunca um candidato obteve sobre o segundo colocado uma dianteira tão expressiva como a que Lula tem sobre Alckmin.