Dulci: "Erros da direita não justificam os erros do PT"
Congresso em Foco
7/8/2006 | Atualizado às 11:10
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Em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo, publicada hoje (7), o ministro da Secretaria Geral da Presidência, Luiz Dulci, afirmou que o governo Lula trocou emenda e cargo por apoio político. Na entrevista, concedida aos repórteres Valdo Cruz e Eduardo Scolese, Dulci falou que o pais tem uma "oligarquia reacionária", que faz "chantagem eleitoral".
Na avaliação de Dulci, a crise ética afetou a imagem do presidente Lula junto à classe média. Sobre os erros do PT, o ministro preferiu dizer que cada partido deve assumir os seus erros.
"Cada partido deve assumir os seus erros específicos. Não faz sentido transferir os erros do PT a outros partidos. O PSDB e o PFL devem assumir os erros deles. Não é o meu objetivo aqui, mas bastaria lembrar de que maneira a reeleição foi implantada no país. É só recapitular como era a relação do governo anterior com a sua base no Congresso. Agora, os erros da direita não justificam os erros que o PT cometeu", disse.
O ministro reconheceu que o governo petista usou a mesma estratégia tucana de distribuir cargos e emendas do orçamento para conquistar votos no Congresso. Segundo ele, a solução seria uma "reforma política global":
"Todos os governos, desde a redemocratização, foram submetidos a essa lógica estrutural do modelo político, que só poderá ser superada por uma reforma política global. Eu pessoalmente não acredito que haja solução paliativa, tópica, precisa ser uma reforma política global, que instaure no Brasil um novo modelo político. Todos os governos da redemocratização tiveram muitas dificuldades de assegurar a necessária governabilidade política".
Na avaliação de Dulci, a crise ética afetou a imagem do presidente Lula junto à classe média. Sobre os erros do PT, o ministro preferiu dizer que cada partido deve assumir os seus erros.
"Cada partido deve assumir os seus erros específicos. Não faz sentido transferir os erros do PT a outros partidos. O PSDB e o PFL devem assumir os erros deles. Não é o meu objetivo aqui, mas bastaria lembrar de que maneira a reeleição foi implantada no país. É só recapitular como era a relação do governo anterior com a sua base no Congresso. Agora, os erros da direita não justificam os erros que o PT cometeu", disse.
O ministro reconheceu que o governo petista usou a mesma estratégia tucana de distribuir cargos e emendas do orçamento para conquistar votos no Congresso. Segundo ele, a solução seria uma "reforma política global":
"Todos os governos, desde a redemocratização, foram submetidos a essa lógica estrutural do modelo político, que só poderá ser superada por uma reforma política global. Eu pessoalmente não acredito que haja solução paliativa, tópica, precisa ser uma reforma política global, que instaure no Brasil um novo modelo político. Todos os governos da redemocratização tiveram muitas dificuldades de assegurar a necessária governabilidade política".
