Sócio da Planam cita dois integrantes de CPI
Congresso em Foco
21/7/2006 7:07
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Reportagem do jornal O Globo desta sexta-feira revela que, no depoimento que o empresário Luiz Antônio Trevisan Vedoin deu à Justiça Federal do Mato Grosso, encerrado semana passada, ele citou, entre os parlamentares com quem negociou emendas para a compra de ambulâncias, os deputados Marcondes Gadelha (PSB-PB) e Celcita Pinheiro (PFL-MT).
Gadelha é um dos integrantes da CPI dos Sanguessugas e Celcita é mulher do senador Jonas Pinheiro (PFL-MT), um dos suplentes da comissão.
Vedoin foi apontado pela polícia como um dos chefes da organização acusada de vender ambulâncias superfaturadas. Na próxima semana, a CPI deverá analisar se Gadelha e Pinheiro devem deixar a comissão. Vedoin citou os nomes de Gadelha e Celcita ao discorrer sobre uma lista de mais de 60 deputados e senadores com quem teria negociado emendas ao Orçamento da União. As verbas seriam destinadas ao financiamento de licitações vencidas pela Planam ou outras empresas da família do empresário.
Empresário entrega recibos, livros e extratos bancários
Segundo uma autoridade que teve acesso ao interrogatório, Vedoin disse que pagou de R$ 10 mil a R$ 15 mil a auxiliares dos dois parlamentares em troca das emendas. No decorrer do depoimento, o empresário entregou recibos, extratos bancários e oito livros escritos à mão e em um computador que comprovariam os negócios com os parlamentares.
Gadelha disse que apresentou duas emendas para a compra de ambulâncias, uma de R$ 60 mil em 2001, e outra de R$ 100 mil, ano passado. O deputado contou ainda que o irmão dele, Salomão Gadelha, comprou três ambulâncias de uma das empresas da família Vedoin em 2002, quando era prefeito de Souza, cidade paraibana de 63 mil habitantes. Gadelha afirmou, no entanto, que não conhece e nunca fez negócios com Vedoin ou qualquer outro sócio do empresário.
"Nada na minha consciência me acusa. Vamos ver o que tem de mais concreto nisso aí (depoimento de Vedoin). Agora o que mais prezo é minha honorabilidade. Estou sendo acusado de receber R$ 10 mil. Isso não tem lógica. Eu ganhei R$ 1 milhão no "Show do Milhão" e dei R$ 250 mil para compra de ambulâncias do meu próprio bolso. É possível que ele (Trevisan Vedoin) esteja me confundindo com outra pessoa."
Celcita e Jonas Pinheiro não retornaram as ligações do jornal. A assessoria da deputada confirmou, no entanto, que Vedoin citou o nome dela em seu depoimento à Justiça Federal de Mato Grosso. Mas, segundo a assessora de Celcita, Vedoin teria dito apenas que conhecia a deputada.
Na quarta-feira, a assessora disse que Celcita estava numa fazenda no interior de Mato Grosso e responderia ontem. Ontem, disse que Celcita só retornará a Cuiabá na próxima semana. Um dos sub-relatores da CPI vai pedir que seja analisado se Gadelha e Pinheiro devem permanecer na comissão.
Gadelha é um dos integrantes da CPI dos Sanguessugas e Celcita é mulher do senador Jonas Pinheiro (PFL-MT), um dos suplentes da comissão.
Vedoin foi apontado pela polícia como um dos chefes da organização acusada de vender ambulâncias superfaturadas. Na próxima semana, a CPI deverá analisar se Gadelha e Pinheiro devem deixar a comissão. Vedoin citou os nomes de Gadelha e Celcita ao discorrer sobre uma lista de mais de 60 deputados e senadores com quem teria negociado emendas ao Orçamento da União. As verbas seriam destinadas ao financiamento de licitações vencidas pela Planam ou outras empresas da família do empresário.
Empresário entrega recibos, livros e extratos bancários
Segundo uma autoridade que teve acesso ao interrogatório, Vedoin disse que pagou de R$ 10 mil a R$ 15 mil a auxiliares dos dois parlamentares em troca das emendas. No decorrer do depoimento, o empresário entregou recibos, extratos bancários e oito livros escritos à mão e em um computador que comprovariam os negócios com os parlamentares.
Gadelha disse que apresentou duas emendas para a compra de ambulâncias, uma de R$ 60 mil em 2001, e outra de R$ 100 mil, ano passado. O deputado contou ainda que o irmão dele, Salomão Gadelha, comprou três ambulâncias de uma das empresas da família Vedoin em 2002, quando era prefeito de Souza, cidade paraibana de 63 mil habitantes. Gadelha afirmou, no entanto, que não conhece e nunca fez negócios com Vedoin ou qualquer outro sócio do empresário.
"Nada na minha consciência me acusa. Vamos ver o que tem de mais concreto nisso aí (depoimento de Vedoin). Agora o que mais prezo é minha honorabilidade. Estou sendo acusado de receber R$ 10 mil. Isso não tem lógica. Eu ganhei R$ 1 milhão no "Show do Milhão" e dei R$ 250 mil para compra de ambulâncias do meu próprio bolso. É possível que ele (Trevisan Vedoin) esteja me confundindo com outra pessoa."
Celcita e Jonas Pinheiro não retornaram as ligações do jornal. A assessoria da deputada confirmou, no entanto, que Vedoin citou o nome dela em seu depoimento à Justiça Federal de Mato Grosso. Mas, segundo a assessora de Celcita, Vedoin teria dito apenas que conhecia a deputada.
Na quarta-feira, a assessora disse que Celcita estava numa fazenda no interior de Mato Grosso e responderia ontem. Ontem, disse que Celcita só retornará a Cuiabá na próxima semana. Um dos sub-relatores da CPI vai pedir que seja analisado se Gadelha e Pinheiro devem permanecer na comissão.
