O ex-secretário da Administração Penitenciária de São Paulo Nagashi Furukawa afirmou hoje, em depoimento à CPI do Tráfico de Armas, que os ataques do Primeiro Comando da Capital contra forças policiais do estado tiveram motivação política. De acordo com ele, informações sigilosas mostraram que os criminosos queriam dificultar a candidatura do ex-governador Geraldo Alckmin à Presidência. "Ficou a impressão que a motivação deles tinha caráter político para dificultar a eleição de Alckmin. Tenho informações de que os presos passariam a fazer rebeliões com esta finalidade".
O ex-secretário disse que os presos estavam revoltados com a criação do Regime Disciplinar Diferenciado e queriam evitar que, caso Alckmin fosse eleito presidente, as lideranças criminosas fossem transferidas para esse regime.
Segundo Furukawa, uma grande rebelião estava marcada para acontecer em agosto, mês próximo das eleições de outubro. Contudo, ele acredita que alguns fatos isolados, como a transferência de presos e o vazamento do depoimento dos delegados à CPI, tenham apressado as ações do PCC.