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Amor de pai não tem preço

Congresso em Foco

26/6/2006 | Atualizado às 8:16

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Albert Steinberger, de Berlim

Em uma das vias de acesso ao Olympia Stadion (Estádio Olímpico) em Berlim, está meia dúzia de cambistas. São turcos, argelinos, alemães e mexicanos que, em meio aos pedestres, tentam vender ingressos. As línguas se misturam e, em um inglês enrolado, um turco oferece: "Trezentos euros, o ingresso no melhor lugar do estádio". Em volta deles uma multidão aguarda o início do jogo na esperança de uma entrada por um preço mais acessível. Os preços variam entre 100 a 300 euros, cerca de 300 a 900 reais. Chega, então, a polícia, detém dois deles e corre atrás de outros dois que escapam metrô adentro.

Em meio a esse caos, um pai e um filho buscam uma forma de assistir à seleção alemã contra o Equador, um jogo que promete ser o melhor do Grupo A. "Entra e me telefona quando você já estiver lá dentro", disse o pai ansioso para o filho, após conseguir um ingresso por 150 euros, cerca de 450 reais. Enquanto o filho entrava na partida Alemanha x Equador, o zeloso pai, Jochen Grabe, de 42 anos, ficava ao lado do cambista de quem eles haviam feito a compra. "Não tinha dinheiro pra comprar para nós dois, então botei o meu filho pra dentro", conta ele.

Cinco minutos depois o filho Jan, de onze anos, liga. Sinal verde, tudo deu certo. A tradição da família em mundiais de futebol já vêm de longa data. O pai de Jochen, Lothar Garbe, foi sem ingresso para a Copa do Mundo de 1986 no México e conseguiu entrar na final. A Alemanha daquela época não correspondeu ao esforço e perdeu por 3 a 2 contra os hermanos Argentinos. Em 1974, o próprio Jochen, na época com 10 anos, vivenciou uma Copa, vencida pela Alemanha de Beckenbauer, mas não realizou o seu sonho de entrar em um estádio. "Sei a importância que isso tem para um garoto", garante Jochen.

Filho dentro, pai fora. A idéia era, então, buscar uma televisão próxima ao estádio, enquanto esperava o filho. Qualquer transmissão pública ao vivo é terminantemente proibida nas proximidades do jogo, mas até mesmo dezenas de policiais assistiam ao jogo em uma televisão 14 polegadas dentro de um camburão estacionado ao lado do Olympia Stadion.

A 100 metros dali, em uma TV de umas 10 polegadas, vários alemães assistem ao jogo. São funcionários, motoristas e vendedores que trabalham durante os jogos de Berlim, agora também acompanhados de um pai coruja. Com grande entusiasmo, eles acompanham seus ídolos Miroslav Klose, Michael Ballack e Lukas Podolski liderarem o time à vitória de 3 a 0. A cada grito de guerra entoado no estádio (a uns 200 metros dali), os telespectadores cantam juntos. Sensação estranha, já que os ouvidos dão a exata impressão de se estar dentro do estádio, mas a minúscula televisão desmente a ilusão acústica.

Fim de partida e os milhares de torcedores alemães comemoram pelas ruas de Berlim afora. Entre eles está Jan, que, com um sorriso de orelha a orelha, se reencontra com seu pai, após ter assistido à sua primeira partida de Copa do Mundo.  Quem sabe, a primeira de muitas.

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